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"Brasileiro não sabe se escuta o ministro ou o presidente", diz Mandetta

O ministro disse entender que o presidente se preocupa com o lado econômico da crise, mas que é preciso chegar a uma fala única

13 abril 2020 - 08h10Priscilla Porangaba, com informações do O Globo    atualizado em 13/04/2020 às 09h30

Em entrevista ao Fantástico desse domingo (12), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apontou problemas no fato de haver divergências entre suas orientações e as do presidente Jair Bolsonaro para o enfrentamento à covid-19.

O chefe do Executivo federal é contra as medidas de distanciamento social amplo, diferentemente do que prega o Ministério da Saúde. “Eu espero uma fala única, uma fala unificada. Porque isso leva ao brasileiro uma dubiedade. Ele não sabe se ele escuta o ministro da Saúde, se ele escuta o presidente, quem ele escuta“, disse Mandetta. Segundo a emissora, a entrevista foi concedida na sede do governo de Goiás, o Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.

Sem citar diretamente o presidente, Mandetta também chamou de “coisa equivocada” a presença de pessoas em “encostadas“ em padarias. Bolsonaro visitou, na quinta-feira (9), uma padaria da Asa Norte, em Brasília, e provocou aglomeração em frente ao local.

O ministro disse entender que o presidente se preocupa com o lado econômico da crise, mas que é preciso ter uma validação entre os diferentes jeitos de lidar com a crise e se chegar a uma fala única. “Quando você vê as pessoas entrando em padaria, entrando em supermercados, encostadas, grudadas, isso é claramente uma coisa equivocada“, afirmou Mandetta.

Mandetta chegou a dizer que se cada empresário ou setor econômico começar a achar que é essencial e voltar ao trabalho pode haver 1 efeito cascata. E, se esse quadro for seguido, o Ministério da Saúde apontará na semana seguinte o que cada setor causou de impacto no contágio em cada região.

Na entrevista, o ministro disse também que o Brasil ainda não chegou ao momento mais crítico da crise do coronavírus. O país tinha, até 14h de domingo (12), mais de 22.000 casos da doença. “A gente acha que maio e junho vão ser realmente os nossos meses mais duros“, afirmou.

O presidente chegou a dizer mais cedo, em live de Páscoa com líderes religiosos, que a “questão do vírus parece estar indo embora”. O discurso vai de encontro ao do ministro Mandetta, que afirmou na entrevista que o comportamento da doença e as projeções de contaminação e de vítimas dependerá das atitudes da sociedade sobre seguir o isolamento ou não.

“Ela [divergência entre discursos] preocupa porque a população olha e fala assim: será que o ministro da Saúde é contra o presidente? E não há ninguém contra ou a favor de nada. É o que eu digo, o nosso inimigo, o nosso adversário, quem que a gente tem que ter foco para falar ó é esse aqui, que é o nosso problema, o coronavírus”, completou.

O ministro reafirmou o tripé de conceitos que vem empregando no combate à nova doença: disciplina, foco e ciência. Ele chegou a comparar indiretamente quem não segue as orientações de afastamento como 1 diabético que insiste em comer doces mesmo com os avisos de que pode ter problemas de visão ou de amputação de membros. Ele afirma que não será “num passe de mágica” que a crise será superada no Brasil.

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