A primeira campanha contra a hanseníase será realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) neste sábado (12), das 9h às 15h, nas unidades básicas de saúde Nova Bahia, Aero Rancho e Tiradentes. O evento, que conta com a parceria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, busca oferecer à população informações, diagnóstico e tratamento gratuito da doença.
Os sintomas da hanseníase são manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo, placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações. O avanço da doença provoca o aumento do número de manchas ou do tamanho das já existentes e o comprometimento dos nervos.
O diagnóstico é feito, principalmente, na avaliação clínica, com a aplicação de testes de sensibilidade, força motora e exame de toque dos nervos dos braços, pernas e olhos, bem como exames laboratoriais como a biópsia.
De acordo com a gerente técnica das doenças transmissíveis da Sesau, Andréia Silva, todas UBS oferecem gratuitamente o tratamento da hanseníase, mas, muitas vezes, o diagnóstico não é realizado precocemente. “Os sintomas da hanseníase não são valorizados pelos pacientes e pelos próprios profissionais de saúde. A doença tem uma evolução lenta e quando o paciente busca atendimento médico é porque já apareceram as complicações clínicas”, revela.
Dados estatísticos
Em 2011, a Sesau registrou 133 casos de hanseníase. Neste ano, no período de janeiro a março, já foram notificados 29 casos da doença na Capital. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado líder mundial em prevalência da hanseníase. A cada ano registram-se no país mais de quarenta mil novos casos da doença.
O foco de transmissão da hanseníase é domiciliar. Para contrair a doença é necessário que a pessoa tenha um contato íntimo e prolongado com o paciente. Vale lembrar que a hanseníase é curável, basta seguir corretamente o tratamento, que dura de seis meses a um ano.
Características da hanseníase
Lepra era a designação antiga da doença que, por causa do estigma desta denominação, passou a ser conhecida oficialmente, desde 1976, por hanseníase. O agente responsável é o bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), um parasita que ataca a pele e os nervos periféricos, mas pode também afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos.
Não é necessário isolar o paciente, tendo em vista que 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, por isso o portador da hanseníase é incapaz de transmiti-la a outras pessoas a partir do 15º dia do início da medicação.
Via CG Notícias
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