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Chuva afeta atividades econômicas em MS

17 janeiro 2016 - 08h37

Em Campo Grande, choveu 300,8 milímetros nos 15 primeiros dias do ano, quase o mesmo que a média histórica do mês todo, que é de 231,9 milímetros. A chuva forte tem atrapalhado algumas atividades econômicas na capital.

Segundo o empresário Orley Silva Oliveira, dono do lava-jato Lavex, os meses de janeiro, fevereiro e março costumam ter um movimento menor. “Mas essas duas primeiras semanas de janeiro estão ainda mais complicadas, porque não para de chover. Ninguém quer lavar o carro com esse tempo. As pessoas preferem esperar. Nosso movimento caiu 50%”, afirma.

Para driblar o problema, o empresário tem oferecido algumas promoções. “É comum realizarmos promoções para nossos clientes, mas nessas duas semanas elas estão maiores, para atrair mais movimento. Estamos com promoção para limpeza de bancos, por exemplo”, comenta.

Outro setor que fica comprometido com as chuvas é o de mototáxi. Segundo o mototaxista João Escobar, os atendimentos caíram cerca de 30% nos últimos 15 dias. “Isso dá um prejuízo de 30 a 40 reais por dia, aproximadamente. Sem falar na manutenção com a moto, que precisa fazer com mais frequência por conta dos buracos nas ruas”, destaca.

Já a empresa Grama Pontal, que planta e comercializa grama, fez a última entrega no dia 7 de janeiro e desde então não consegue colher mais o produto. “Faz uma semana que não conseguimos colher e não conseguimos fazer entregas para floriculturas, empresas de construção civil, clientes residenciais. Estamos com funcionários parados, caminhões parados. Ainda não fizemos uma estimativa do prejuízo que poderemos ter”, afirma o gerente do departamento de logística da empresa, Vagner Dias da Costa, acrescentando que as fortes chuvas também não são favoráveis ao desenvolvimento da grama.

Agricultura

Produtores rurais também estão apreensivos com a chuva e temem que fique comprometida a  previsão inicial para a safra 2015/2016 de soja, com estimativas de colheita de 7,4 milhões de toneladas do grão.

O secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, acompanha a apreensão dos diferentes segmentos envolvidos com a produção agrícola em Mato Grosso do Sul. O excesso de chuvas já prejudicou os pequenos produtores de hortifruti. “O segmento das folhosas está sendo duramente afetado. Já podemos conferir reflexos diretos nos preços de alface e couve, por exemplo”, lamenta Lamas, que também é engenheiro agrônomo.

Os municípios onde o problema é mais grave são Amambai, Aral Moreira, Ponta Porã e Laguna Caarapã. Muitos produtores estão drenando as lavouras por meio de valetas para eliminar os excessos. “Quando as plantas recebem água em excesso, elas encerram o seu ciclo antecipadamente, o que pode resultar em uma colheita abaixo de esperado, com grãos menores e com menos peso, e interferir nos números de produtividade”, explica.

O grande número de áreas com algum grau de inundação preocupa e mesmo não sendo essa inundação em áreas totais, mas nas partes mais baixas, o que já coloca o produtor em alerta. “A persistência do clima chuvoso num solo saturado causa o encharcamento. Temos ocorrências em diversas propriedades”, afirma o secretário.

Lamas ressalta ainda a preocupação com as vias de acesso, comprometendo o escoamento da produção. Segundo dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o Estado tem 43 pontes destruídas e 24 danificadas. Também são 24 os municípios em situação de emergência. Como medida emergencial, o Governo do Estado busca o apoio do Exército Brasileiro. “Trabalhamos com a possibilidade de que sejam montadas pontes móveis em alguns municípios”, afirmou.

Se as chuvas persistirem, também existe o risco de se acentuem as dificuldades para o controle das pragas na lavoura, o que pode impactar diretamente na produtividade. Lamas alerta ainda que se o quadro se mantiver após o dia 20 de janeiro, os produtores terão prejuízos qualitativos e quantitativos, pois a soja começará a arder e perder qualidade.

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