A crise que atinge a Nicarágua deixou 43 crianças órfãs desde o início dasmanifestações no último mês de abril. No total, já são mais de 285 mortos no país, informou na última sexta-feira (29) a Federação Coordenadora Nicaraguense de Organizações Não Governamentais (ONGs) que Trabalham com a Infância e a Adolescência (Codeni).
"Temos pelo menos 43 crianças órfãs contabilizadas, porque perderam seus pais nesta crise", disse à Agência EFE a integrante do Conselho de Coordenação de Codeni, Audilia Amaya.
A dirigente da Codeni pediu que o Ministério da Família, Adolescência e Infância (Mifamilia) saia em defesa das vítimas menores de idade. "O Ministério da Família, embora pertença às estruturas do governo, já deveria ter se pronunciado diante de todos esses mortos, sobre o resguardo à vida dos menores", a Úrmou Amaya.
Tanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) quanto o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos responsabilizaram o governo nicaraguense por graves violações aos direitos humanos.
As violações incluem "assassinatos, execuções extrajudiciais, maus-tratos, possíveis atos de tortura e detenções arbitrárias cometidas contra a população majoritariamente jovem do país", segundo um relatório da CIDH, que foi rejeitado pelo governo da Nicarágua.
A Nicarágua enfrenta há mais de dois meses a maior crise desde a década de 80, também sob a presidência de Daniel Ortega. Os protestos contra Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram contra fracassadas reformas da seguridade social e se transformaram em um movimento que pede a renúncia do presidente, depois de 11 anos no poder, em meio a acusações de abuso e corrupção.
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