Quem já ouviu o ditado que uma mãe não abandona um filho e duvidou, é porque não conhece o coração de uma mãe que tem um filho preso. Em época que agentes penitenciários estavam em greve, inclusive com tentativas de envenenamento dos profissionais que trabalham no sistema penitenciário, o dia das mães é uma data marcada por ser de tensão nos presídios do Estado.
Dona Maria, aos 51 anos, filho preso no presídio de segurança máxima, ainda está decidindo se vai visitar o filho. Ela que chora todos os dias pela falta do filho, não abandona mesmo em dias de comemoração. “Só não sabemos se vamos visitar ele, porque diz que está muita tensão e essa época é complicado, a chance da cadeira quebrar, como eles dizem, é muito grande e nós temos medo”, conta ela que prefere não se identificar. “É sempre difícil, tem muito preconceito”.
Com o irmão preso, a filha da dona de casa prefere proteger a mãe. “É sempre cheio sim. Vai fazer um ano que está preso mais já foi preso outras vezes inclusive estava preso na rebelião que aconteceu em 2006, foi horrível”, conta ela sobre o histórico do irmão. Na ocasião, elas não foram à visita por orientação do rapaz.
“Ele achou melhor não irmos e deu no que deu. Ficamos aqui do lado de fora pedindo a Deus que nada acontecesse com ele”, afirma. Em maio de 2006, o presídio de segurança máxima foi palco de uma rebelião que marcou época. Durante o período vários presídios do Brasil “viraram”, ou seja, entraram em estado de rebelião dos presos e a Máxima foi palco de barbáries como o assassinato por degolamento de um preso, além de agentes feitos reféns e um deles ainda foi obrigada a comer um pedaço de carne humana durante o período que ficou refém.
Com o marido preso, Juliana afirma que ainda estão avaliando se é possível visita neste domingo. “Estão decidindo ainda se terá visita esse final de semana o clima está muito tenso lá pode quebrar a qualquer momento. Estão dividindo os presos estão nervosos com tudo que vem acontecendo. Tem o risco de ter rebelião sim e nós familiares temos apenas que orar e pedir a cada um que não faça bobagem e sigam as normas”, explica.
Agepen garante reforço de agentes e policiais
Sobre a greve dos agentes penitenciários, o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Ailton Stropa Garcia, destacou via nota oficial continua em negociação com a categoria. Eles tiveram que voltar ao trabalho após ação judicial do Estado que impetrou multa no caso de descumprimento da ordem.
Stropa acredita que haja avanços nas negociações, tudo implicando na melhoria do sistema prisional como um todo. Para ele, é importante que os servidores retomem suas atividades normais e contribuam para que as visitas deste final de semana ocorram. “Evitando, assim, quaisquer crises em nossas unidades prisionais”, destaca.
A assessoria de imprensa da Agepen afirmou durante a visita do dia das mães, será feito reforço na segurança com a presença de mais agentes e também foi solicitado a Polícia Militar que seja feito reforço nas muralhas. A ação se deve a ser visita de data festiva e que envolve um maior número de visitantes.
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