O ex-presidente da Câmara Municipal de Campo Grande Valdir Cardoso faleceu nesta madrugada na Capital. De acordo com as informações, Valdir, que atuava como jornalista desde que se afastou da política, morreu devido a complicações de uma delicada cirurgia no cérebro.
Valdir foi presidente da Casa de Leis entre os anos de 1981 e 1982 e nesse período assumiu o cargo de prefeito interino da Capital em 1982.
Atuava mais nos bastidores da política e mantinha um blog de notícias e opiniões levando em consideração sua experiência parlamentar e no mundo político. Aos 70 anos, seus planos eram sair do hospital e continuar “jornalistando”.
A notícia pública foi dada pelo ex-deputado e atual superintendente da Sudeco, Antonio Carlos Nantes de Oliveira. “Com imensa tristeza, comunico que meu amigo VALDIR CARDOSO acaba de falecer. Impactado pela notícia, nada tenho a dizer a não ser que perco uma pessoa importante em minha vida. Amigo de mais de cinquenta anos, ele esteve presente em momentos decisivos da minha caminhada. Não tenho dúvida que ele,na sua simplicidade e coerência, representou mais na minha vida que eu na dele, inclusive no instante atual que vivo, exercendo a superintendência da SUDECO. Jornalista obcecado pela verdade, foi vereador, presidente da Câmara Municipal e nessa condição prefeito de Campo Grande além de deputado estadual. Obrigado por tudo meu amigo. Que Deus o receba em sua glória”.
Na página do jornalista, os amigos e colegas de trabalho homenageiam sua história, como o caso do jornalista Guilherme Filho, ex-secretário de comunicação do Estado. “Waldyr Cardoso (era assim que ele assinava suas matérias no Diario da Serra) teve papel destacado na luta pela criação de Mato Grosso do sul. A política veio depois quando assumiu uma vaga na câmara em 75. O jornalismo era sua vocação e a ele dedicou-se até agora. Pessoalmente devo a ele a generosidade de ter me dado a primeira oportunidade de emprego. Fui foca de Waldyr. Deixa saudades”.
O tom de saudades e de elogios também ficou por conta de Ricardo Cunha. “Uma notícia triste nas como ele mesmo havia dito "que seja feita a vontade de Deus". E Deus estava precisando de um jornalista integro, que busca a verdade doa a quem doer, na redação celestial. Lá o lugar do amigo Valdir Cardoso já estava preparado para a sua chegada. Perdemos um amigo, um pai de família, um irmão, um flamenguista, um grande twiteiro. Foi-se o vereador, o Prefeito, o Dep. Estadual, mas ficou gravado na história política do nosso estado o grande homem que era. Vá com Deus amigo, que Ele conforte aos seus familiares e a nós seus amigos”.
Valdir Cardoso, a despedida
“Vou me ausentar por um período, se longo ou curto não sei. A recomendação médica, partindo de um neurologista de escol, Doutor Pedro Smaniotto, para que eu coloque os pés no freio e me recolha para possivelmente enfrentar uma cirurgia de alto risco tem que ser levada a sério. Estou triste, lógico, e não quero mais comentar o assunto sobre meu estado de saúde. Meus amigos sabem que não sou de ficar de mimimi e saberão entender. Agradeço aos verdadeiros amigos que estão comigo, que oram, que rezam e pedem a Deus que tudo dê certo. Vou seguir as recomendações médicas e tentar ficar mais uns tempos cumprindo a minha missão, mas quando chegar o dia só uma coisa direi, plagiando o título de um livro do insuperável Pablo Neruda: "CONFESSO QUE VIVI". FUI, mas eu volto”.
Escreveu em novembro, alguns dias depois, fez a cirurgia, veio o coma e seu falecimento.
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