Menu
Menu
Busca sábado, 06 de dezembro de 2025
CCR Vias - Movida - Nov-Dez25
Geral

Fazendeiros que tiveram terra invadida em MS serão indenizados

A informação foi publicada pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul

22 outubro 2019 - 10h33Priscilla Porangaba, com informações da Justiça Federal

A Justiça Federal determinou que fazendeiros cujas propriedades rurais foram invadidas por índios em Mato Grosso do Sul sejam indenizados em R$ 150 mil por danos materiais.

Essa decisão foi proferida na semana passada pela juíza Caroline Scofield Amaral, da 1ª Vara Federal de Ponta Porã, em processo que tramitou por 18 anos.

Essa ação foi proposta por 84 donos de propriedades rurais localizadas no município de Antônio João. Ao Judiciário, requereram a declaração do domínio da terra ocupada por índios.

Também pediram fixação de pena pecuniária por dia em que as requeridas ou os indígenas praticarem qualquer violação ao seu direito de propriedade ou posse.  

Conforme a ordem judicial, essa indenização deverá ser paga de forma solidária pela União, Fundação Nacional do Índio (Funai ), Comunidade Indígena Ñande ru Marangatu, como ressarcimento dos danos materiais equivalentes a 78 bovinos.

“Após 18 anos de tramitação e diversos entraves, envolvendo inclusive morte de membros da liderança indígena, a decisão da magistrada ponderou a situação fática caso a caso, sendo declarara a legitimidade do domínio da terra à maior parte dos autores”, detalha a Justiça Federal.

O pagamento de indenização por danos morais e materiais, segundo o Judiciário, foi estabelecido porque a Comunidade Indígena, “sob o pretexto de retomar terras que lhe pertenciam, porém, não demarcadas, desrespeitou as propriedades privadas dos autores, promovendo invasões, abates de animais, furtos, queimadas, entre outras condutas ilícitas, conforme se denota dos documentos encartados aos autos”.

Também na semana passada, a juíza sentenciou processo que tramitou por mais de 20 anos com pedido de reintegração de terra ocupadas em Jaguari.

“A ação de reintegração de posse foi proposta em 1992, pelos proprietários de 269,3535 hectares de terra e compreendem as Fazendas São Bento, Glebas II, V e X. Os proprietários da terra discordaram do procedimento administrativo que demarcou a terra e concedeu a posse à Comunidade Indígena Jaguari, alegando que o procedimento feriu os princípios do devido processo legal, contraditório e da ampla defesa, uma vez que os autores não foram intimados a participarem do processo administrativo”, detalha.

Para a magistrada, a presença indígena na área do Jaguari é inconteste e antecede aos primórdios de 1600. Foi citado que em 1991, um novo grupo técnico, sob a direção do antropólogo Alceu Cutia Mariz, realizou novos estudos relativos à área indígena sub judice, tendo concluído se tratar de terra imemorial tradicional indígena.

“Como a demarcação de terra foi devidamente homologada pelo Decreto de 21/05/1992, registrada no Departamento do Patrimônio da União, no Cartório de Imóveis de Amambai sob a matrícula n. 12.571 e obedeceu aos trâmites legais, o ato administrativo preencheu todo os requisitos quanto à legalidade, não podendo ser declarado nulo. Sendo assim, o processo foi extinto sem resolução de mérito no tocante ao pedido possessório e, em relação aos demais pedidos, julgado improcedente”, informou a Justiça Federal.

Reportar Erro
Energisa Nov-Dez 25

Deixe seu Comentário

Leia Também

Letícia foi atingida pelo ônibus a caminho da universidade
Justiça
TJMS nega liminar para soltura de motorista que atropelou e matou jovem em Coxim
Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS
Justiça
Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS
Adriane Lopes -
Saúde
Adriane tenta suspender promoção de médicos alegando crise, mas desembargador nega
Filho e pai -
Justiça
Justiça absolve acusado de matar o pai a facadas e aplica internação por tempo indeterminado
MS aprova lei que exige comunicação prévia sobre corte e ligação de serviços públicos
Geral
MS aprova lei que exige comunicação prévia sobre corte e ligação de serviços públicos
A prisão foi efetuada pela Força Tática da 11ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar)
Polícia
Foragidos da Justiça, envolvidos em roubo, são capturados pela PM na região norte
Águas Guariroba conquista o Prêmio Quíron Rubi no "Oscar do Saneamento"
Geral
Águas Guariroba conquista o Prêmio Quíron Rubi no "Oscar do Saneamento"
Droga apreendida e dinheiro -
Polícia
Força Tática prende traficante ligado à boca do "Escamoso" na região norte de Campo Grande
3º Leilão 'Direito de Viver' arrecada recursos para Hospital de Amor e movimenta Campo Grande
Geral
3º Leilão 'Direito de Viver' arrecada recursos para Hospital de Amor e movimenta Campo Grande
OAB/MS tem liminar suspensa pela Justiça Federal no caso do golpe do falso advogado
Justiça
OAB/MS tem liminar suspensa pela Justiça Federal no caso do golpe do falso advogado

Mais Lidas

Dupla foi presa em flagrante pelo homicídio
Polícia
Mulher foi assassinada na BR-262 pela prima após descobrir drogas em guarda-roupa
Imagem ilustrativa
Polícia
Mulher é presa por cortar virilha do filho de 6 anos para evitar abuso
Mária de Fátima, morta pela prima e jogada na BR-262, em Campo Grande
Polícia
Morta pela prima, mulher se refugiava na Capital após fugir de violência doméstica em MG
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica
Cidade
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica