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Fim do Cempe "enterrou" pediatria na capital

"Ali a população tinha atendimento 24h por dia", afirma ex-diretora

28 junho 2016 - 10h22

A farmacêutica Renata Guedes Alves Alegretti é ex-diretora do Centro Municipal Pediádrico (Cempe), que funcionava no prédio do hospital Sírio Libanês e foi inaugurado durante a gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte. Apesar dos elogios da população ao projeto que garantia pediatras 24h, a prefeitura optou pro fechar o Centro.

“O Conselho Municipal de Saúde e alguns vereadores sempre que podiam criticavam o projeto, dizendo que ia contra o que previa na cartilha do SUS, que era a descentralização da saúde. Eu até concordo com isso, mas a população estava satisfeita, porque sabia que se  fosse ali seria atendida, ao contrário do que acontece hoje”, afirma Renata.

Ela comenta que quando funcionava, o Cempe tinha 42 pediatras. “Em cada turno, havia sete pediatras. Falavam que precisava descentralizar o atendimento, então eu pergunto: cadê os pediatras? Porque a população está reclamando constantemente da falta de pediatras? Criticaram que as pessoas precisavam se deslocar até o centro, mas ninguém reclamava, porque era atendido. Hoje a população fica pulando de UPA em UPA, porque precisa de atendimento, mas não tem médico para atender”, questiona.

Renata ainda acrescenta que existia a intenção de transformar o Centro Pediátrico em uma ONG, para poder receber mais recursos. "Nós tínhamos um andar com Centro Cirúrgico pronto, apenas esperando uma parceria com o Governo do Estado para que aquilo se transformasse num Hospital da Criança. Queríamos que fosse parecido com o que é hoje o Hospital do Câncer. Mas no fim não houve a descentralização anunciada, o Cempe foi fechado e a principal prejudicada nessa situação é a população", conclui.

Ministério Público

A falta de pediatras no Centro Regional de Saúde Tiradentes foi motivo para o Ministério Público Estadual ajuizar uma ação civil pública contra a prefeitura. “Quando eu ajuizei a ação do Centro Regional de Saúde Tiradentes, só tinha pediatra trabalhando no período noturno. Pela manhã não tinha, pela tarde não tinha. Também encontramos falhas na escala do Cophavila II. Então há médicos, mas não na quantidade necessária, com a especialidade necessária. Isso não é um problema de leito, mas um problema mais sério, porque se a população chega na unidade de saúde e tem um médico que vai atende-la com a rapidez que é necessária, a situação pode não se agravar”, disse a promotora de Justiça Paula Volpe, em entrevista ao Jornal de Domingo.

Prefeitura

Até o fechamento desta reportagem, a prefeitura não respondeu os questionamentos do JD1 Notícias.  

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