Dezenas de anúncios espalhados nesta semana em outdoors pelas ruas de Campo Grande, e atribuídos a um banco privado, oferecem empréstimo pessoal de até R$ 800 mil com o atrativo de que não é necessário estar com o nome limpo nos serviços de proteção ao crédito para fazer a contratação. A instituição bancária que teve o nome usado na propaganda faz alerta de que a ação trata-se de um golpe antigo na praça.
Aline Marques David, que mora em Campo Grande, ligou para o número anunciado e ouviu dos atendentes a informação de que era necessário fazer um depósito inicial para liberar o empréstimo. "Fiz uma simulação de R$ 30 mil, e eles falaram que era para depositar R$ 600 na conta corrente de um advogado", relata.
O valor cobrado seria referente a despesas com cartório, já que, segundo Aline, os atendentes ofereciam duas alternativas para efetivar a contratação do empréstimo: conseguir dois fiadores com dois imóveis quitados cada um, ou assinar uma confissão de dívida, com fé pública. A mulher afirma que não fez o depósito solicitado por desconfiar do procedimento. "A gente sempre vê denúncias pela mídia, então dei corda para ver até onde isso chegava", diz Aline.
"É golpe antigo", diz banco com nome utilizado
Os anúncios exibem o nome do Banco Clássico, instituição credenciada no Banco Central e com sede no Rio de Janeiro. Em contato por telefone, o diretor Aílton Siqueira informou que o Banco Clássico não faz esse tipo de operação. "O banco não tem cliente externo, não tem contas correntes nem empréstimos a ninguém. Isso é um golpe antigo, temos conhecimento desde 1998", afirma.
O Banco Clássico, segundo Siqueira, pertence a um banqueiro que criou a instituição com a finalidade de gerenciar as transações financeiras entre suas empresas. O diretor dá detalhes de como os golpistas atuam. "Em Belo Horizonte, por exemplo, eles chegaram a fazer anúncio em uma rádio. Eles pedem para fazer cadastro, pedem um certo valor para liberar o empréstimo e depositam cheque sem fundos ou roubado na conta da pessoa", sustenta. "Já fizemos denúncias anteriormente à Polícia Federal", complementa.
A Polícia Civil recomenda o máximo de cuidado ao realizar qualquer transação financeira e orienta que, em casos de eventuais vítimas dos golpistas, é preciso comunicar a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Consumo (Decon). "A partir da denúncia e da comunicação de que alguém foi lesado, a polícia poderá apurar e investigar a responsabilidade criminal dos envolvidos", afirma o delegado Matuzalém Sotolani.
Com informações do G1 MS.
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