Um guarda-civil de Santo André foi denunciado ontem (16) pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) no caso da chacina de Mogi das Cruzes, em que cinco jovens estavam indo de carro para uma festa em um sítio em Ribeirão Pires, no Grande ABC, no dia 21 de outubro e desapareceram. A última notícia que os familiares receberam foi uma mensagem de um dos jovens no celular dizendo ter sido parado em uma blitz policial. Os corpos dos jovens foram encontrados em 6 de novembro, em Mogi das Cruzes, já em estado avançado de decomposição.
O promotor de Justiça Leandro Lippi ofereceu denúncia contra o guarda-civil Rodrigo Gonçalves de Oliveira pela morte e ocultação de cadáver dos cinco jovens. De acordo com o promotor, ficou comprovado na investigação policial que Oliveira agiu para atrair as vítimas com o objetivo de executá-las.
De acordo com o Ministério Público, Jonathan Moreira Ferreira, Cesar Augusto Gomes Silva, Caíque Henrique Machado Silva, Robson Fernando Donato de Paula e Jones Ferreira Januário foram atraídos, a partir de um perfil falso criado pelo guarda-civil nas redes sociais, para uma festa em Ribeirão Pires que jamais aconteceria.
“Em setembro, uma ocorrência policial em Santo André havia resultado na morte de um amigo de corporação de Oliveira. Fazendo uma investigação à margem da lei, o guarda-civil acabou concluindo que duas pessoas do grupo de cinco que viriam a se tornar as vítimas da chacina de Mogi estavam envolvidas com o crime de Santo André. Foi a partir dessa convicção que Oliveira passou a atuar para atrair os jovens”, disse o MP, em nota.
Para o promotor, os homicídios imputados a Oliveira foram praticados de maneira torpe, motivados por vingança e a emboscada preparada para as vítimas dificultou as chances de defesa dos jovens. “Tanto a motivação torpe quanto a dificuldade de se defender imposta aos jovens servem como qualificadoras para os crimes, o que deve, portanto, aumentar a pena dos responsáveis pelo delito”, segundo o MP.
Em depoimento à polícia, o guarda-civil confessou que preparou a emboscada, mas, segundo ele, a intenção era prender os cinco, não assassiná-los. “Essa versão não convenceu o Ministério Público, já que desde início o objetivo de Oliveira era praticar os homicídios, fato que efetivamente ocorreu com o concurso de outras pessoas ainda não identificadas”, diz o órgão.
Segundo o promotor, que solicitou à Justiça que a prisão temporária de Oliveira seja convertida em preventiva, o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa prossegue nas investigações para identificar os demais autores dos crimes.
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