Na tarde do dia 20 de maio, a prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) foram notificadas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul sobre a regulamentação dos reagentes químicos usados para realização de exames no Laboratório Central Municipal (Labcen). O MP recebeu denúncia da falta dos produtos essenciais para diagnóstico de doenças. Apenas em caso de urgência o Labcen faz os procedimentos necessários contrariando a recomendação da Justiça que intercede pela atenção básica também.
Não é possível fazer exames de ureia, creatinina, proteína C reativa e exames CPK e CKMB, amilase, TGO, TGP, sódio, potássio, proteínas totais, bilirrubina totais e frações, albumina e glicose. A 32ª Promotoria de Justiça recomendou a imediata regularização para atender à demanda da população. Responsável pela eficácia e qualidade da Saúde, a promotora Paula Volpe nos atualizou sobre a situação.
“Recebi denuncia que está faltando reagente químico e estava mesmo. A prefeitura respondeu que fez um convênio com outra unidade que estava fazendo os exames. Mandamos um enfermeiro para comprovar e ver se está suprindo a demanda de tudo”, explicou a promotora.
Volpe deixou claro que não era admissível a falta de reagentes e era necessário atender as pessoas. “Mandei nosso enfermeiro lá, que fez uma vistoria e constatou que de fato estava faltando reagentes na rede pública. Eles responderam que fizeram um convênio e estavam atendendo de outra forma. Agora nosso enfermeiro vai ter que investigar novamente se de fato está acontecendo como eles disseram”, avalia e conclui: “É tudo uma questão de investigação”.
A recomendação do MP de MS está no Diário Oficial do MPE do dia 24 de maio. Até o final desta matéria não tivemos nenhuma resposta da prefeitura ou da Sesau.
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