Marquinhos Trad (PSD), ex-prefeito de Campo Grande e candidato ao governo, investigado por abuso sexual, quer afastar a delegada Maíra Pacheco Machado, lotada na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que comanda o inquérito.
Na quarta-feira (17), a defesa entrou com um mandado de segurança na 3ª Vara Criminal de Campo Grande, onde aponta que a delegada cometeu a prática de atos ilegais e abuso de poder. Segundo o pedido, a solicitação ocorre após novas evidências de ilegalidade no inquérito.
Marquinhos nega qualquer tipo de crime sexual e alega se tratar de uma armação política. O relato é de que uma mulher, que atualmente mora no exterior, disse ter recebido mensagem de um suposto jornalista perguntando se ela teria sido vítima de assédio, o que foi negado.
Ainda conforme a defesa de Trad, esta mesma mulher foi questionada pela delegada Maíra Pacheco. Negando novamente, recebeu uma intimação dizendo que sua ausência implicaria em crime de desobediência e condução coercitiva.
Na sequência, ela também teria sido contatada por uma candidata a deputada federal, garantindo que “arcariam” com a locomoção dela de Dubai para Campo Grande, caso estivesse disposta a falar sobre os abusos que supostamente teria sofrido.
Para reforçar o pedido de afastamento, as advogadas Rejane Alves de Arruda e Andréa Flores relatam vazamento proposital de informações constantes em inquérito policial instaurado e resguardado por segredo de justiça.
Ao tomar conhecimento da investigação, a defesa do candidato ao Governo do Estado, Marquinhos Trad, também observou inconsistências nas datas de depoimentos e solicitou gravações de vídeo para constatar em que dias, realmente, as mulheres foram ouvidas e se chegaram juntas à sede daquele órgão policial, o que não foi atendido.
A defesa destaca inconsistências nas datas de depoimentos, coletiva de imprensa em que a delegada anunciou disque-denúncia para as vítimas, repasse de dados sobre o total de suspeitas e operação na prefeitura de Campo Grande, realizada em 9 de agosto, com a imprensa de prontidão.
“Em face das ilegalidades retratadas e do abuso de poder constatado, a alternativa que resta, para ver garantido o direito de ser investigado por autoridade que se submeta, à risca, aos princípios da legalidade e da impessoalidade. Caso continue na presidência do Inquérito nº 3007/2022, a autoridade impetrada continuará a agir ao arrepio dos princípios da legalidade e impessoalidade, havendo risco de a medida definitiva ora pleiteada se tornar ineficaz, se não deferida de pronto”, afirmam as advogadas.
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