Há cinco anos o confeiteiro Fabiano Ferreira de Lima, de 36 anos, peregrina em busca de soluções para seu problema de saúde. Pesando quase 300 quilos ele precisa de um balão gástrico para conseguir perder peso e realizar uma cirurgia na perna direita onde desenvolveu Erisipela, uma infecção da camada superficial da pele que provoca feridas vermelhas, inflamadas e dolorosas.
Fabiano conta que convive com o sobrepeso desde criança, mas já na idade adulta a doença na pena contribuiu para que seu peso aumentasse. Os primeiros sintomas vieram em 2011, mas a falta de informação e de tratamento adequado fez com que seu estado piorasse a cada ano. “Cheguei a ficar internado uma semana tomando antibiótico, mas o médico só me disse que era um problema na pele e não disse que era Erisipela”, conta.
Sem diagnóstico e encaminhamento correto para tratamento a doença se agravou com o passar dos anos o que fez Fabiano ganhar ainda mais peso. “Por causa das dores que sinto na perna é muito difícil me locomover. Até quando tô sentado ela incha e dói. E por não poder caminhar muito, fui engordando mais”, explica.
O confeiteiro busca desde então uma forma de perder peso para realizar a cirurgia na perna. No início, a objetivo era realizar uma cirurgia de redução de estômago, mas esta precisou ser descartada pois seria muito arriscada devido o problema na perna. Então, Fabiano foi informado a respeito do balão intragástrico que consiste na colocação de um balão de silicone no estômago por endoscopia. Este preenche aproximadamente 50% da cavidade gástrica promovendo diminuição do apetite e aumento da saciedade.
Após algumas pesquisas, o confeiteiro descobriu que o balão que ele necessita, que seria utilizado durante um ano, custa até R$ 12 mil. Mas o susto foi ainda maior quando descobriu há cerca de quatro meses que o SUS (Sistema Único de Saúde) fornece esse balão. “Me consultei a vida toda com médicos do SUS e eles nunca me disseram que eu conseguiria o balão pelo SUS”, ressalta
Com a utilização do balão durante os 12 meses, Fabiano precisa perder 80 quilos para realizar a cirurgia na perna, que segundo ele só é feita em São Paulo. Segundo uma das avaliações feitas pelo médico será possível retirar de 50 a 60 quilos da perna do confeiteiro no procedimento cirúrgico.
Fabiano pede ajuda das autoridades para conseguir o balão intragástrico e poder retornar a sua vida normal. Confeiteiro de profissão, ele precisou interromper suas encomendas e vendas diárias por causa da doença e agora sobrevive com um salário mínimo que ganha da previdência social.
“Eu recebia encomendas de bolos e pães e também saia vendendo na rua. Acho que isso até fez a doença piorar, porque a te pouco tempo eu fazia isso. Mas não consigo mais. Há dois anos consegui um benefício de um salário mínimo e é essa minha única fonte de renda”, salienta Fabiano.
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Fabiano precisa de procedimento para então conseguir fazer a cirúrgia 




