Uma briga entre a professora de educação física do 2º ano do ensino médio do Instituto Federal de Brasília (IFB) e a mãe de uma estudante terminou na delegacia, nessa terça-feira (6/6). O caso aconteceu no campus da Asa Norte. Segundo o portal Metrópoles, uma das estudantes que testemunhou a confusão relatou que o desentendimento teve início após a professora chamar a atenção de uma aluna, por uso de celular durante a aula.
A estudante que usava o aparelho não participa das aulas práticas de educação física devido a um problema de saúde, segundo a testemunha. Contudo, na data, as atividades eram teóricas.
“A professora explicava sobre o conteúdo de um simulado, e essa aluna mexia no celular e conversava. Mesmo depois de a professora pedir umas três vezes para ela prestar atenção, [a educadora] não foi ouvida. Ela sempre respeitou o problema de saúde da estudante, tanto que nunca havia exposto a condição dela”, detalhou a entrevistada.
Após ter a atenção chamada novamente, a aluna que mexia no celular saiu de sala e pediu à mãe que fosse ao colégio, segundo o relato. A professora foi chamada para conversar do lado de fora, e teve início uma briga, com agressões físicas.
“Quando a professora voltou para a sala, disse aos outros alunos que a mãe da menina ameaçou processá-la, caso a filha fosse atingida por uma bola durante a aula”, disse a testemunha.
Enquanto a professora relatava aos alunos a situação, a mãe da estudante apareceu na porta da sala de aula e começou a filmar a educadora.
No meio da confusão, é possível ouvir a mãe da estudante gritar para a professora: “Solta o meu telefone, sua vaca”. Em seguida, a educadora pede ajuda aos alunos. “Chama alguém, ela está me batendo”, pediu.
Assista o vídeo da confusão no link abaixo:
Versão da mãe:
A mãe da estudante contou ao Metrópoles que havia ido ao IFB para conversar com a professora de educação física e pedir um plano de atividades inclusivas à filha, devido a um problema e saúde da aluna. “Por causa dessa condição grave, ela não pode sofrer qualquer pancada na região da cabeça, pois corre risco de deslocar a retina e ficar cega. No começo deste ano, entreguei o atestado na escola, para que ela fosse dispensada das práticas esportivas, e achei que a educadora passasse atividades alternativas, mas não foi o caso”, relatou mãe.
Medidas administrativas:
Em nota, o IFB lamentou o ocorrido e informou que a diretora-geral do campus Brasília, Patrícia Albuquerque, tomará as medidas administrativas necessárias, como apuração dos fatos, apoio pedagógico às famílias das envolvidas e mediação entre as partes.
A professora teria “ficado agressiva durante a conversa” e começado a gritar, segundo a responsável pela estudante. “Eu disse que, se acontecesse algo porque ela obrigava minha filha a ficar na aula, eu a processaria”, alegou.
A mãe da adolescente disse que gravou o vídeo como forma de se proteger, mas acabou agredida. “Ela (a professora) veio pra cima de mim, bateu em vários lugares, tomou meu telefone. Por isso, fiquei gritando. Sou autista nível dois de suporte, pessoa com deficiência, ando com broches e cordão de identificação. Ou seja, ela sabia da minha condição. Eu pedia inclusão e fui recebida desse jeito por ela. Meu celular é um objeto terapêutico. Muitas vezes, preciso usá-lo para me comunicar, porque não consigo falar”, argumentou.
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