Trabalhadores que exercem a função de entregadores por aplicativo se unem para pedir melhorias para a categoria e organizam uma paralisação nacional na segunda (31) e terça-feira (1º/4). Entre as reivindicações estão a exigência de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, aumento do valor por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, limitação do raio de atuação das bicicletas a três quilômetros e pagamento integral por pedidos agrupados.
A Breque Nacional dos Apps e ANEA (Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos), divulgou que a mobilização já conta com a adesão de 20 estados. O objetivo é exigir condições justas de trabalho e respaldo das empresas diante dos riscos diários.
Na maior cidade do país, o número de casos de mortes de motociclistas no trânsito chama a atenção. Em fevereiro deste ano, 31 motociclistas perderam a vida em São Paulo, segundo dados da plataforma Infosiga, do Detran. É o maior número para fevereiro desde 2015. O levantamento também aponta que, em 2024, os acidentes de trânsito na capital paulista resultaram na morte de 484 motociclistas. Em todo o estado, foram 2.626 óbitos.
Para Lucio Almeida, presidente do Centro de Defesa das Vítimas de Trânsito, uma ONG privada sem fins lucrativos, é urgente que se discuta e se crie um modelo de segurança e proteção para a categoria. “Além de políticas públicas que possam minimizar e evitar a morte de entregadores no trânsito, é necessário garantir aos acidentados um respaldo. Muitos passam meses sem qualquer amparo das próprias empresas e do poder público”, defende Almeida.
Entre outras sugestões, ele aponta a necessidade de mudar o modelo do seguro de vida que as empresas contratam para os entregadores, em que a cobertura só é válida se o sinistro acontecer quando o motociclista estiver fazendo a entrega de algum pedido. “Deveria ser um seguro total e não intermitente. Da forma que está, é como se a vida dos motociclistas valesse uma pizza, um sanduíche”, conclui o presidente da ONG.
DPVAT teve sua arrecadação de recursos extinta em 2020 durante o governo Bolsonaro, uma que medida gerou críticas e preocupações sobre a falta de assistência às vítimas de acidentes. Desde então, elas passaram a ser são indenizadas com um fundo do próprio DPVAT, mas, em abril de 2023, o governo Lula apresentou uma proposta de criação do SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). Porém, em dezembro de 2024, ela foi revogada.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Roberto Carlos sofre acidente durante gravação de especial da Globo

Ninguém acerta e prêmio da Mega-Sena sobe para R$ 51 milhões

Natal chega aos corredores do Humap com visita do Papai Noel

Sesc Teatro Prosa promove programação infantil gratuita nas férias

Governo lança sistema que permite autoexclusão em sites de apostas

Corretor briga na Justiça por comissão em venda de fazenda de R$ 9 milhões em Cassilândia

"Iminente colapso", diz Defensoria em alerta sobre a saúde pública de Campo Grande

Casal que se dizia da Caixa é condenado por golpe que causou prejuízo de R$ 15 mi em MS

Em 2026, Justiça Estadual terá mais de 30 dias sem expediente; veja o calendário


Foto: Rowan Freeman/Unsplash 




