Um acidente que causou a morte de seis pessoas próximo de Anhanduí e as condições da BR-163 após as chuvas de 16 abril foram criticadas pelo presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logísticas de MS (SETLOG-MS), Cláudio Cavol.
“Estamos muito preocupados com o número de acidentes na BR 163, principalmente por se tratar de uma concessão. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas se o trecho estivesse duplicado como previa o contrato inicial. Notamos que os locais de duplicação são sempre próximos às nove praças de pedágios, onde as pessoas são obrigadas a diminuir a velocidade”, explica Cavol.
Ele salienta que a Concessionária duplicou 155 quilômetros dos 842 que eram previstos no contrato de concessão inicial em 2013. “Dez anos depois pagamos um dos pedágios mais caros do Brasil por um serviço que não é satisfatório. Um caminhão de nove eixos, de Sonora a Mundo Novo paga R$ 627,00 de pedágio e de Sonora a Bataguassu, divisa com São Paulo, R$ 351,00, um absurdo. Por esse valor, deveríamos ter mais segurança, áreas de descanso para caminhões de primeiro mundo e ter trechos impecáveis ao longo de todos os 21 municípios pelos quais passa a 163”, lembra Cavol.
O presidente do Setlog também cobra que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), tome providências para fiscalizar e exigir um melhor serviço pelo que o usuário paga.
Já a CCR Via informou que desde que foi privatizada houve redução no número de vítimas fatais na via, que passou de 85 (2013) para 63 (2023), redução de 26%. No entanto, de janeiro a março de 2024, já foram registrados 36 óbitos, segundo dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal).