Doações podem ser feitas em materiais de construção, entre outros itens, e por meio de PIX (Cufa/Rodrigo Castejon)Muito embora poucos saibam, Campo Grande tem hoje quase 40 favelas, e todas elas foram afetadas pelos temporais recentes, alguns barracos, de forma severa, provocando a perda total para seus moradores. De olho nisso, a Central Única das Favelas de Mato Grosso do Sul (Cufa-MS) está pedindo doações para ajudar famílias que perderam tudo nas borrascas dos últimos dias, em especial a do dia 15 de outubro, que foi mais forte e mais devastadora.
Vários barracos da comunidade Lagoa; comunidade indígena Água Bonita; Mário Covas e Alfavela, entre outras, não aguentaram, deixando várias famílias desabrigadas e até sem alimentos. Por essa razão, a Cufa pede a quem puder, que ajude com doação de materiais de contrução e para reconstrução dos barracos, como lonas, pregos, madeirites, além de roupas, móveis, alimentos e materiais de higiene. Doações em dinheiro podem ser feitas por meio da chave PIX 366.921.388-09, em nome de Letícia Nunes da Silva.
Segundo Rodrigo Castejon, voluntário da Cufa, é importante que as doações cheguem até essas famílias e que elas sejam assistidas, já que estamos diante da possibilidade de novas chuvas. "Precisa sim, ser assistido, porque querendo ou não, esse pessoal tá suscetível à chuva, que pode vir de novo. Não foi pela primeira chuva, foram pelas três tempestades que desalinharam alguns barracos", afirma Castejon.
Alguns lugares foram definidos como pontos de coleta de doações, como a Livraria Maciel, Laricas da Lu e Restaurante Mais que Salada, mas Rodrigo Salienta que alguns tipos de doações, como madeiras, não podem ser deixadas nesses locais, já que são comércios com movimentação considerável. Por esse motivo, determinadas doações precisam ser avisadas com antecedência, para que a equipe de voluntários da Cufa possa retirá-las.
Entre os casos acompanhados pela entidade, há o de uma mãe solo, que é mais delicado, já que ela perdeu tudo. A assistente social e a diretoria da ONG decidiram, então, com as doações em dinheiro, reconstruir um "barraco" de alvenaria para ela e para os filhos, a fim de oferecer mais dignidade à família.
Regularização
O prefeito Marquinhos Trad afirmou que Campo Grande não tem favelas, mas sim, "áreas ocupadas de maneira irregular", que a prefeitura tenta, atualmente, regularizar, a fim de dar melhores condições às familias que nelas vivem. Segundo a assessoria da prefeitura, o objetivo é entregar cinco mil casas até o fim da gestão atual.
De acordo com dados da Cufa, Campo Grande tem hoje 38 favelas e mais de 4.500 moradias, constatando um aumento de 57% no número de ocupações entre 2011 e 2021.
As favelas são caracterizadas por serem formas de ocupação irregular de regiões e/ou terrenos, tanto públicos quanto privados e, também, por padrão urbanístico irregular, ausência de serviços de saneamento básico e serviços públicos essenciais.
De qualquer maneira, é sempre importante ajudar. Mais informações sobre como e onde fazer as doações podem ser obtidas por meio do número: (67) 98174-8251, com Rodrigo Castejon.
Confira abaixo como ficou um dos barracos afetados pelas chuvas e ventanias:
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