Iara, 35 anos, trabalhava como recreadora em um Ceinf no Jardim Tijuca. Recém chegada ao local, começou a perceber atitudes de colegas que não concordava. Como o clima lá era de amizade, ela ficou com medo de simplesmente reclamar a diretora, quando viu a colega Jucelma ter atitudes como puxar as crianças pelos pés quando estavam dormindo, ou brigar com as crianças chamando de “moleque”. Iara então procurou a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e fez a denúncia.
O resultado? Foi demitida. O que para ela ocorreu por causa de perseguição. “Ela ficou com raiva porque eu denunciei na Semed, mas eu sabia que se eu denunciasse para ela, seria feita apenas uma conversa, porque eu era novata, e quanto tentei conversar, ela me mandou para o quinto dos infernos”, conta ela revoltada com a situação.
O caso veio a tona na imprensa, após o vídeo ser divulgado. No vídeo filmado na sala das crianças da Creche II, uma mulher puxa uma das meninas pelos pés e briga com ela. Em outra cena, a mesma recreadora chama uma das crianças de "moleque" e diz que não é para ele abrir o olho. O vídeo foi filmado em um momento de descanso das crianças.
E a ex-recreadora ainda reclama que a diretora teve uma postura antiética após ela ser demitida. “A própria diretora ao invés de apoiar, e denunciar, ela ficou cantando vitória. A raiva dela é que eu não mostrei pra ela, mas antes dela ser diretora lá, ela foi professora durante oito anos, então ela sempre soube de tudo que acontecia lá no Ceinf”, conta.
Byanca Candal de Carvalho Araújo foi nomeada em 17 de fevereiro deste ano, no lugar de Ceris Regina Godoy de Souza, no Ceinf “Maria Cristina Ocáriz de Barros” quando o prefeito Alcides Bernal exonerou um leva de diretores. “A recreadora que agrediu tinha dois anos lá, eram amigas, e eu era novata, só que eu não agüentei ver aquilo, lá tem um monte de funcionários que faltam serviço, a diretora não falava comigo e quando tentei falar com ela me mandou para o quinto dos infernos. A raiva dela é que ela foi chamada na Semed por isso. Meu foco não é contra ninguém e sim a proteção as crianças, porque eu tenho três filhos, se eu visse alguém tratando meu filho assim, eu nem sei o que eu faria. Tinha uma criança que se mijava na roupa de medo da mulher”, conta Iara. A profissional afirma ter cursos na área e acredita que não é assim que se trata uma criança. "Mas agora, temo até pela segurança dos meus filhos", lamenta.
Denunciada, Jucelma não foi encontrada para falar sobre o caso e a reportagem aguarda resposta da Semed.
Veja o vídeo:
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