O Ministério Público Federal expediu um despacho neste sábado (25) pedindo respostas e cobrando providências em relação ao conflito vivenciado em Amambai, entre policiais militares e indígenas na última sexta-feira (24).
No despacho, o órgão explica que é necessário fazer a realização de uma perícia antropológica na retomada Guapoy, a fim de que se verifique a eventual violação de direitos no local ou que seja a ele correlata ou conexa.
Ainda segundo o documento, a perícia será conduzida por analista em antropologia do MPF no período compreendido entre 28 de junho e 1º de julho.
O documento também determina a requisição de informações aos órgãos e entidades direta e indiretamente envolvidos no conflito, a fim de apurar os fatos e prevenir, reprimir e punir possíveis delitos de atribuição/competência federal, além de fazer o devido encaminhamento de eventuais crimes de âmbito estadual.
As referidas determinações foram cumpridas neste domingo (26), conforme certidão disponível no fim deste texto, e os órgãos e entidades oficiados têm o prazo de 72 horas para enviar ao MPF as informações solicitadas.
Cumpre ressaltar que o MPF, por meio da Procuradoria da República em Ponta Porã, acompanha e atua diretamente nos recentes fatos ocorridos nos arredores da aldeia Amambai desde o fim de maio, quando houve uma tentativa de retomada de terras.
Apesar disso, registrou-se o confronto entre indígenas e forças policiais estaduais na última sexta-feira (24), data em que o MPF realizou os contatos iniciais a fim de impedir o acirramento dos ânimos no local.
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