Os primeiros depoimentos de acusação da segunda audiência de instrução e julgamento do caso Sophia de Jesus Ocampo, no Fórum de Campo Grande, apontam que a residência onde a menina morta aos 2 anos, era movimentada por homens e tinha festas constantes.
Os antigos vizinhos do casal e agente de saúde que trabalhava na região disseram durante testemunho que sempre notaram, ao passar em frente à casa, que o ambiente era bagunçado e com muitos sinais de sujeira.
Algo constante e que chama a atenção na fala dos três é que o local era ‘muito movimentado’, com a entrada e saída constante de homens, festas e barulho.
“Eles não conversavam com os vizinhos, eram bem fechados. Quando eu sentava na frente de casa, escutava os choros de crianças e eles batendo nos cachorros. Sempre entrava outros homens na casa deles, tinham festas, mas eu não via o que acontecia por lá”, relatou a vizinha.
Ela ainda comentou que viu o momento em que Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, saiu com a filha desacordada no colo e entrou em um carro de aplicativo a caminho da UPA Coronel Antonino. “Eu estava sentada com minha cunhada na frente de casa e vimos a Stephanie saindo com a Sophia no colo para entrar no carro. Ainda falei com minha cunhada: ‘essa criança parece desfalecida’, porque não se mexia e estava largada no colo da mãe”, detalhou.
A agente de saúde informou que todo mês ia até a residência para olhar as carteirinhas de vacinação das crianças e observar o local, afim de fazer um relatório sobre o ambiente. Sempre que essas visitas aconteciam, era recebida por Christian Campoçano Leithem, de 25 anos.
“Ele não apresentou carteirinha de vacinação das crianças falou que não sabia onde estava guardado. Via a casa suja, coco de cachorro, roupas bagunçadas, etc. Ao conversar com a vizinhança ouvi que entrava muita gente na casa, muitos homens, festas e eram constantes”, disse a agente de saúde.
Assim como as outras duas testemunhas, o vizinho relatou que apesar de ouvir a ‘zona’ na casa, nunca chegou a ver nada. “Já cheguei a ver uns 4 homens, mas mulheres não. Iam só homens lá, das vezes que eu os vi lá na frente da casa. Nunca conversamos com eles, sempre cada um na sua casa”, explicou.
Christian e Stephanie são acusados de agredir e matar Sophia em janeiro deste ano. Eles estão presos desde o crime. A primeira audiência aconteceu no dia 17 de abril, quando foram ouvidas testemunhas de acusação e envolveram um policial, Jean, pai de Sophia, os avós maternos e uma ex-namorada de Christian.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

STF marca julgamento sobre morte de Marielle Franco e Anderson Gomes

TJMS nega liminar para soltura de motorista que atropelou e matou jovem em Coxim

Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS

Adriane tenta suspender promoção de médicos alegando crise, mas desembargador nega

Justiça absolve acusado de matar o pai a facadas e aplica internação por tempo indeterminado

Foragidos da Justiça, envolvidos em roubo, são capturados pela PM na região norte

OAB/MS tem liminar suspensa pela Justiça Federal no caso do golpe do falso advogado

Moraes pede data para julgar réus pelo assassinato de Marielle Franco

Fabricante de bicicleta elétrica terá que indenizar consumidor em mais de R$ 25 mil após acidente


Stephanie de Jesus durante a primeira audiência de instrução (Brenda Leitte/JD1 Notícias)



