Adélio Bispo de Oliveira, o autor do atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018, não foi julgado pela tentativa de assassinato porque a Justiça o considerou inimputável devido a problemas mentais. Agora, o Judiciário determinou uma nova avaliação psiquiátrica para decidir se Adélio deve ou não continuar internado, mas está com dificuldades para encontrar médicos psiquiatras dispostos a realizar os exames.
O habitual é que a Justiça indique peritos para fazer esse tipo de exame, mas o juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, questionou o governo federal sobre a disponibilidade de psiquiatras da rede pública, alegando que não foram encontrados profissionais que “aceitassem realizar a perícia”. A informação foi noticiada pela Folha de S.Paulo.
Adélio cumpre sua medida de internação compulsória na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, uma unidade de segurança máxima. Dependendo dos resultados da perícia psiquiátrica, a Justiça pode decidir que ele não representa perigo para si ou para os outros e decidir por sua soltura.
O Departamento Nacional Penitenciário, vinculado ao Ministério da Justiça, já respondeu ao juiz que perícia médica judicial é uma atribuição de peritos indicados pelo próprio Judiciário.
A revisão da situação de Adélio é necessária porque a decisão judicial de 2019, que o considerou doente mental e determinou sua internação, previa um período de “ao menos três anos” de vigência da privação de liberdade.
Todas as investigações sobre o atentado contra Bolsonaro concluíram que Adélio planejou e executou a facada sem ajuda de cúmplices.
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