Com a redução de focos de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado mantém vigilância constante e atuação do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) para proteger os biomas pantaneiro e cerrado.
Apesar de o ano apresentar condições climáticas mais favoráveis, a Operação Pantanal 2025 segue ativa, garantindo prevenção, monitoramento e resposta rápida a eventuais ocorrências.
Segundo o major Eduardo Teixeira, subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA), o trabalho do CBMMS não se restringe ao combate direto.
“O Corpo de Bombeiros atua especialmente no contexto de prevenção e proteção, buscando uma resposta efetiva e rápida para evitar a propagação dos incêndios. Além das equipes posicionadas na região do Pantanal, nas bases avançadas e nos quartéis da região, mobilizamos outras equipes nas regiões de Cerrado e Mata Atlântica, com material extra, viaturas extras e efetivo empregado, com o objetivo de melhorar a qualidade da resposta”, explicou.
Operação Pantanal 2025
A Operação Pantanal 2025 já dura 230 dias, com a participação de 111 bombeiros mobilizados em planejamento, operações, logística e geomonitoramento. A descentralização do trabalho, com efetivos em diversos quartéis e bases avançadas, permite reduzir o tempo de resposta e aumentar a eficácia das ações.
Entre os municípios atendidos estão Dourados, Maracaju, Corumbá, Miranda, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Campo Grande, Nova Andradina, Coxim e São Gabriel do Oeste, além das bases avançadas do Amolar, Redário, Lourdes e Coimbra.
Até o momento, a operação contabiliza 197 ações de combate a incêndios, 32 formações de brigadas com 762 pessoas capacitadas e 484 eventos de monitoramento de fogo.
“O Pantanal e o Cerrado são biomas que exigem atenção constante. Estamos com uma estrutura proporcional ao risco observado, com mais de 100 militares prontos para atender qualquer ocorrência. Mesmo com a redução de focos neste ano, permanecemos em alerta total, garantindo a proteção do meio ambiente e da população”, concluiu o major Teixeira.
Redução de focos e áreas queimadas
Entre 1º de janeiro e 13 de agosto de 2025, a área queimada no Pantanal sul-mato-grossense caiu 98,8%, passando de 805,8 mil hectares em 2024 para apenas 13,5 mil hectares.
O Cerrado também apresentou queda expressiva: a área queimada foi reduzida de 79,4 mil hectares para 31,7 mil hectares, enquanto os focos de calor caíram de 1,8 mil para 702.
Dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) apontam ainda que os focos de calor em Mato Grosso do Sul caíram de mais de 5,5 mil para apenas 89 no mesmo período. Segundo o meteorologista Vinícius Sperling, a combinação de chuvas mais distribuídas e ausência de ondas de calor contribuiu para o cenário positivo em 2025.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.
Deixe seu Comentário
Leia Também

MPMS acompanha recuperação de nascente no Bairro Tiradentes

Rascunho de carta final na COP30 tem propostas para limitar aquecimento

Brasil recebe doação de US$ 300 milhões para plano de saúde climática

Emergência climática é uma crise da desigualdade, diz Lula na COP30

Carta final de cúpula pede que Belém seja início de novo ciclo de ação

Piracema é importante, mas pesque e solte pode se tornar uma tendência

Documentário denuncia mortes de animais na BR-262 e alerta para riscos no Pantanal

Lula diz que gasto com armas vai causar "apocalipse climático"

É momento de levar a sério os alertas da ciência, diz Lula na Cúpula


Bombeiros monitoram o Pantanal durante a Operação Pantanal 2025 (Bruno Rezende)



