A delegada Elaine Cristina Ishiki Benicasa, então titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Campo Grande, foi removida de sua função. A decisão ocorreu após uma série de polêmicas envolvendo a atuação da delegacia no caso de atendimento a mulheres vítimas de violência, especialmente após o assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, em fevereiro deste ano.
Vanessa Ricarte, que havia procurado atendimento na Casa da Mulher Brasileira, unidade que integra a Deam, foi morta a facadas pelo ex-noivo, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro. A morte da jornalista gerou críticas à maneira como o atendimento foi conduzido na Deam, com questionamentos sobre possíveis falhas na proteção de mulheres vítimas de violência.
Na época em uma nota oficial, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul admitiu que havia falhas na rede de proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e que possíveis erros no atendimento que antecedeu a morte de Vanessa Ricarte seriam apurados. Por outro lado, a Deam negou veementemente qualquer falha na condução do caso.
A remoção de Benicasa foi publicada no Diário Oficial Eletrônico n° 11.784, nesta quinta-feira (27), por meio da Portaria “P” DGPC/MS Nº 297/2025, assinada pelo Delegado-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone Lúcio. Segundo o documento, a mudança foi feita a pedido da delegada, atendendo à conveniência do serviço.
Além de Benicasa, outras delegadas foram transferidas. Riccelly Maria Albuquerque Donha e Lucélia Constantino de Oliveira também deixaram a Deam e foram designadas para atuar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário de Campo Grande.
Para atuar na Deam, foram nomeadas as delegadas Lais Mendonça Alves e Cynthia Karoline Bezerra Gomes Tapias, que passam a trabalhar na delegacia especializada a partir de agora.
A mudança no comando da Deam ocorre em meio a um momento de pressão sobre a rede de proteção às mulheres vítimas de violência em Mato Grosso do Sul.
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