Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos, atual presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, foi preso durante a 'Operação Cartão Vermelho', do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (21), que apura desvio de R$ 6 milhões dos cofres da entidade, além de lavagem de dinheiro com uma organização criminosa.
Ele era um dos alvos da ação e a informação obtida pelo JD1 Notícias é que contra Cezário, foram expedidos um mandado de busca e apreensão e também um de prisão preventiva. Além disso, a operação cumpriu mais 6 mandados de prisão e outros 13 de mandado de busca e apreensão.
O presidente e a cúpula da federação são investigados por desviar mais de R$ 6 milhões entre o período de setembro de 2018 a fevereiro de 2023. Ao longo dos 20 meses da apuração dos crimes de peculato e demais delitos correlatos, o Ministério Público identificou que a organização criminosa tinha o objetivo da organização criminosa era 'se apoderar' dos valores que eram repassados pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e pelo Governo do Estado.
"Uma das formas de desvio era a realização de frequentes saques em espécie de contas bancárias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul em valores não superiores a R$ 5.000,00, para não alertarem os órgãos de controle, que depois eram divididos entre os integrantes do esquema", diz trecho da nota.
Durante esse tempo de investigação, o Gaeco identificou que os integrantes dessa organização criminosa realizaram mais de 1,2 mil saques e que, por conta dessas retiradas de valores, foram desviados mais de R$ 3 milhões das contas bancárias da federação. Porém, o valor dobrou após o término da investigação.
O órgão ainda identificou que o grupo criminoso tinha um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Governo do Estado em jogos do Campeonato Estadual de Futebol. Para o Gaeco, o esquema de peculato se estendia a outros estabelecimentos, já que altas quantias estariam envolvidas.
O que diz a defesa - O advogado André Borges esclareceu que ainda não conhece os motivos que levaram a busca e apreensão e a prisão de Cezário. A defesa ainda salientou que o presidente da FFMS está surpreso com a operação e que pretende colaborar com as autoridades.
Ao JD1 Notícias, Borges disse que "nessa fase, qualquer investigação é sempre unilateral. Logo ela será submetida ao necessário contraditório. Devemos aguardar os esclarecimentos que serão prestados, oportunamente".
Veja o vídeo no momento em que Cezário deixa a própria residência e a defesa detalhando ação do Gaeco:
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