O delegado Felipe Alvarez, da Depac/Cepol, deu mais detalhes sobre o acidente que aconteceu na madrugada deste domingo (2), no Autódromo Internacional de Campo Grande, que terminou com a morte do jovem Nicholas Yann dos Santos de Jesus, de 20 anos.
Em coletiva à imprensa, o delegado detalhou que, aproximadamente às 4h da manhã, a polícia recebeu informação sobre um possível evento no autódromo da Capital, algo que eles não tinham conhecimento prévio.
Alvarez detalhou que, mesmo com um histórico de acidentes graves, o organizador do evento, um influenciador conhecido pelo nome de ‘Manolo’, de 40 anos, continuava a organizar eventos do tipo na Capital. “Essa falta de responsabilidade resultou diretamente na morte de um jovem de 20 anos. No local já não se encontrava nem o organizador, apenas pessoas que trabalhavam para o mesmo”, detalhou.
O trabalho inicial de perícia apontou para a periculosidade do evento, onde motociclistas, que não usavam capacete, realizavam manobras em um ambiente “com vasta quantidade de bebida”, sem controle sobre quem entrava no evento, havendo suspeitas da presença de menores de idade. “Uma situação realmente fadada à uma fatalidade”, afirmou o delegado.
Além disso, com os fatos levantados pela perícia inicial, o motociclista que estava diretamente envolvido no acidente foi localizado, conduzido até a delegacia e preso em flagrante.
O delegado detalhou que a versão inicialmente apresentada pelo motociclista, também de 20 anos e que fazia manobras com uma garupa na moto, não condizem com o que foi relatado por testemunhas e nem o que foi levantado pela perícia. Segundo as informações levantadas pela polícia, ele fazia manobras e invadiu a pista onde Nicholas estava com a sua moto, acertando o rapaz na cabeça.
“Não foi uma mera imprudência, imperícia ou negligencia, houve sim uma assunção de risco, o que chamamos no direito de assumir o risco, então claramente a situação ali, todos que estavam envolvidos na situação estavam assumindo o risco de levar alguém a óbito”, opinou Alvarez.
O organizador, por ter ordenado que o local do evento fosse descaracterizado e a moto fosse retirada, responderá, além de homicídio doloso, pelo crime de inovar artificiosamente no local do crime. O motociclista envolvido no acidente também responderá por homicídio doloso. “Tudo isso será apurado.”
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