O narcotraficante Gerson Palermo, de 68 anos, foragido há cinco anos após ser solto por uma decisão polêmica do ex-desembargador Divoncir Schreiner Maran, está sendo acusado de sequestrar a própria filha, de 27 anos, no último sábado, dia 25 de outubro, em Campo Grande.
A acusação parte da própria filha e do marido da vítima, que contaram para a polícia como tudo aconteceu, desde o momento do sequestro até a liberdade da mulher, no bairro Moreninhas.
Por outro lado, a versão apontada no boletim de ocorrência vindo do foragido é que, na verdade, ele teria enviado pessoas para entregar uma quantia em dinheiro para a filha, com intuito de arcar com os custos do tratamento de saúde da mãe, avó da jovem, que está acamada com problemas graves de saúde.
A história discorre informando que a vítima entrou em um carro acreditando na versão dada pelo narcotraficante no telefone, porém, os indivíduos que estavam no veículo acabaram levando a mulher para um cativeiro no bairro Moreninhas.
Esses indivíduos, inclusive, diziam para a jovem que estariam ali para "receber o dinheiro do 'velho'", fazendo menção a Gerson Palermo e sua alcunha.
Quem descobriu toda a trama criminosa foi o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), após receber contato telefônico do marido da vítima, informando toda a dinâmica do crime e sendo extorquido para pagar certos valores aos sequestradores.
Durante as diligências, a Polícia Civil chegou a até o auxiliar de serviços gerais, de 34 anos, homem com ligação direta a narcotraficante. Ele é morador do Jardim Vida Nova e foi preso em flagrante com duas espingardas e uma case de uma pistola de 9 milímetros.
Enquanto as investigações aconteciam, os policiais descobriram que o imóvel usado para deixar a filha de Gerson em cativeiro, estava no nome do auxiliar de serviços gerais. E paralelamente a isso, um dos celulares para "negociar" o pagamento do resgate estava com o suspeito, o que aumentou a suspeita da participação dele no sequestro, supostamente a mando de Gerson Palermo.
Decisão polêmica - Foragido há cinco anos, Palermo aproveitou a decisão de Divoncir para fugir para outro país - filha e genro apontaram que ele estaria na Bolívia, conforme registro policial, no entanto, o local é incerto.
O ex-desembargador foi acusado de vender sentenças e favorecer a soltura do narcotraficante, que um dia após sair da prisão, fugiu do país sem deixar rastros. O JD1 Notícias encontrou um mandado de prisão em aberto em nome de Gerson Palermo desde 2020, com validade até 2040.
Devido a essa decisão polêmica, Divoncir foi alvo de operação da Polícia Federal, que motivou seu afastamento e consequentemente a aposentadoria.
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Sequestrador chegou a mandar foto de filha de Gerson Palermo no cativeiro (WhatsApp/JD1 Notícias)



