“Perdi meu cabelo de princesa, mamãe”, disse uma menina, de apenas 4 anos, e portadora do espectro autista, que teve o cabelo cortado pela ‘prô nova’ na creche no Ceinf São João, localizado na cidade de Ribas do Rio Pardo. Apesar de ter acontecido durante a terça-feira (6), foi denunciado à polícia apenas na quarta-feira (7), quando a instituição de ensino não conseguiu resolver o problema.
Conforme o boletim de ocorrência, a mãe da menina, de 24 anos, contou as autoridades que a pequena tem aversão a certos tipos de contato físico, sendo que entre eles está o seu cabelo e sua cabeça. No começo do ano passado, após uma professora tentar lavar a força a cabeça da criança, várias crises foram desencadeadas e a genitora não conseguia lavar os cabelos da filha por cerca de um ano.
Acontece que agora, com a volta às aulas que aconteceu na segunda, ela conversou com a responsável pelo Ceinf, para que ninguém mexesse na cabeça da filha. Por isso, ela sempre mandava a menina para o local com um rabo de cavalo.
Após as férias, a turma da pequena ficou com uma professora nova (a ‘prô nova’). Essa instrutora estaria mexendo no cabelo da menina, porque segunda e terça ela voltou para casa com um penteado diferente.
Ontem a pequena voltou para casa com o cabelo trançado, momento em que a menina disse: “mãe, meu cabelo está faltando um pedaço”. Porém, a mulher ainda não havia observado atentamente. Ao olhar, viu que cerca de dois palmos haviam sido cortados de maneira irregular.
“Cortaram bastante a parte de baixo, bastante e a parte de cima está picotada. É nítido que está desnivelado. Picotaram o cabelo dela e eu não sei o motivo. Hoje procurei a escola, sendo informada que ninguém mexeu com tesoura e nada foi comunicado para a direção”, detalhou a mãe dela.
Os responsáveis pela instituição de ensino chegaram a dizer que o corte, realizado no cabelo da menina, não teria sido feito na escola. Apesar das alegações, a mãe teria provas de que a pequena só desfez as tranças no cabelo quando foi tomar banho.
Diante da falta de resposta da escola e da Secretaria Municipal de Ensino, já que o secretário, Nizael Almeida, classificou o caso apenas como um ‘corte de cabelo’ e não daria em nada, a mãe procurou a Delegacia de Polícia Civil da cidade, onde o caso foi registrado como lesão corporal dolosa.
Para o JD1, o secretário Nizael Almeida explicou que a secretaria não realizará pronunciamentos até o fim das investigações: “A situação, relata pela mãe no início da manhã, será rigorosamente apurada para identificação de responsabilidades e autores. Nos colocamos, mais uma vez, à disposição das autoridades para elucidação do ocorrido e proteção de nossos estudantes.”
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A mãe da menina compartilhou o antes (foto da esquerda) e o depois (foto da esquerda) do cabelo da filha (Foto: Arquivo Pessoal)




