Após a matéria do JD1 Notícias denunciando um possível caso de negligência dentro do Hospital da Santa Casa, a reportagem recebeu mais relatos de esgotamento mental entre técnicos da enfermagem da unidade.
Assim como no outro caso, essa funcionária teria tentado entregar um atestado médico para afastamento causado por problema psiquiátrico negado pela instituição.
Em um áudio, encaminhado via WhatsApp, ela detalhou que tomou ‘um vidro e meio de clonazepam’ e dormiu esperando tirar a própria vida. “Queria morrer ontem, mas não deu, não foi dessa vez. E muita coisa aconteceu, sabe? E a gente ainda foi no hospital, tem que fazer cara de paisagem, como se nada tivesse acontecido”, detalhada a profissional com a voz visivelmente abalada.
Além disso, ela disse que ‘a voz voltou de novo dentro do seu ouvido’. Diagnosticada com depressão grave, ela conseguiu pegar apenas 1 dia de descanso. “É uma sensação horrível, mas vou trabalhar mesmo assim hoje”, finaliza.
Enquanto isso, uma testemunha lembrou que ‘todo mundo’ está adoecendo, por conta de toda situação envolvendo a instituição. A falta de estrutura para fazer o serviço ser mais digno também é apontado por ela.
“Falta de lençol, esparadrapo, luva. Falta de tudo para trabalhar. Os pacientes descontam tudo em nós, que não temos nada a ver com isso”, comentou.
Outro caso
Uma funcionária da Santa Casa de Campo Grande denunciou que médicos do hospital estariam sendo orientados a não conceder atestados médicos aos trabalhadores, mesmo em casos de crises de ansiedade e esgotamento.
Segundo o relato, uma técnica de enfermagem teria sofrido uma crise durante o plantão, mas o médico se recusou a afastá-la, alegando estar proibido de emitir o documento. O prontuário da profissional teria registrado apenas “cefaleia” como diagnóstico, apesar do histórico de afastamentos por problemas de saúde mental.
A denunciante relatou ainda que o ambiente de trabalho é sobrecarregado, com poucos profissionais e alta demanda de pacientes, o que estaria agravando o quadro emocional dos trabalhadores. A técnica de enfermagem disse que, em situações anteriores, recebeu afastamentos de até sete dias por recomendação médica, mas que, desta vez, precisará procurar atendimento fora do hospital, em unidade de saúde ou no CAPS, para conseguir o afastamento adequado.
Em nota, a Santa Casa negou que exista qualquer orientação para restringir a emissão de atestados e afirmou que todos os documentos entregues por funcionários são analisados e homologados conforme os procedimentos internos. O hospital informou ainda que está implantando um Núcleo de Saúde Mental para ampliar o cuidado com a saúde dos colaboradore
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Idoso que caiu do telhado enquanto limpava caixa d'água morre em Dourados

Confusão em bar termina com jovem espancado com pauladas na cabeça na Vila Popular

Trabalhador de empresa é morto a facadas em restaurante de Bataguassu

Anastaciano tenta cancelar programa com mulher, mas é esfaqueado e roubado na Capital

Mulher é presa por cortar virilha do filho de 6 anos para evitar abuso

Carro funerário capota ao desviar de animal na MS-396, em Santa Rita do Pardo

Homem é preso horas após bater em mulher com barra de ferro em Dourados

Homem é preso por tentar matar desafeto com golpes de facão no Coronel Antonino

Casal é preso sob suspeita de matar homem a facadas e pauladas em Dourados


As denúncias estão sendo feitas pelos funcionários da unidade hospitalar (Reprodução/Arquivo JD1)



