O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (2) o julgamento histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, acusados de liderar uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
Este é o primeiro julgamento de um ex-presidente brasileiro por tais acusações, marcando um precedente significativo na história política do país.
Abertura do Julgamento
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deu início à sessão destacando a imparcialidade do STF e a independência do Judiciário brasileiro.
Em seu discurso, Moraes enfatizou que o tribunal não cederá a pressões internas ou externas, assegurando que todos os réus serão tratados conforme o devido processo legal.
Sua fala também incluiu uma crítica indireta ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que havia solicitado o fim do processo contra Bolsonaro, classificando-o como uma "caça às bruxas".
Acusações contra Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou as acusações formais contra Bolsonaro e seus aliados, incluindo ex-ministros e militares de alto escalão.
As acusações envolvem organização criminosa, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e danos ao patrimônio público. A PGR também mencionou um suposto plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como "Punhal Verde e Amarelo".
Defesa e sustentações orais
Na parte da tarde, as defesas dos réus iniciaram suas sustentações orais. A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador na investigação, foi a primeira a se manifestar.
Cid é réu e delator no processo, e sua colaboração é considerada crucial para o andamento do julgamento.
As sustentações orais continuarão nos próximos dias, com previsão de término na quarta-feira (3).
Expectativas para os próximos dias
O julgamento está previsto para se estender até o dia 12 de setembro, com sessões diárias. Após as sustentações orais, o relator Alexandre de Moraes apresentará seu voto, seguido pelos demais ministros da Primeira Turma do STF.
A decisão será tomada por maioria simples, e, em caso de condenação, Bolsonaro poderá ser sentenciado a até 40 anos de prisão.
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