Firmada no segundo turno das eleições de 2022 como um gesto de diálogo e compromisso com a democracia, a aliança entre o PT e o então candidato Eduardo Riedel (PSDB) deve chegar oficialmente ao fim. A decisão do Partido dos Trabalhadores de deixar os cargos que ocupam na atual gestão reflete a oposição dos embates ideológicos.
Segundo o presidente do Diretório Regional do PT, deputado federal Vander Loubet, a aliança foi firmada com base na expectativa de que Riedel representasse uma centro-direita democrática. "No segundo turno das eleições de 2022, fizemos um acordo publicamente assumido para apoiar Riedel, por considerá-lo de vertente da centro-direita arejada, sensata, democrática. Entramos no governo pela porta da frente, que é também a porta de saída quando as diferenças entre quem está dentro da mesma casa se tornam inconciliáveis", observa o deputado.
O deputado estadual, Pedro Kemp, presidente do PT em Campo Grande, afirmou que uma reunião será feita na próxima segunda-feira (11), com todos os dirigentes e deputados para discutir a saída. São cerca de 25 cargos de chefia, contando os filiados em subsecretarias, os que estão na Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), chegam a uma dezena e na Fundação de Cultura.
Entre os pontos que motivaram o rompimento estão o posicionamento de Riedel e Azambuja as ações de direita, como a crítica a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, e ao STF. "Penso que com essa manifestação do governador, chegou a hora do PT desembarcar do Governo. Nossos projetos são incompatíveis", comentou Pedro Kemp, que defendeu a entrega dos cargos "o mais rápido possível".
O PT avalia que já contribuiu com o governo estadual, especialmente na implementação de políticas voltadas à agricultura familiar. Agora, o foco da legenda passa a ser a construção de uma nova frente política.
Loubet, pré-candidato ao Senado, revelou que já iniciou articulações com outras lideranças, como os deputados estaduais Zeca do PT e Pedro Kemp, além do ex-deputado Fábio Trad e o vereador Marquinhos Trad (PDT). A meta é ampliar a federação formada por PT, PCdoB e PV, incorporando partidos como PDT, PSB, MDB e outras forças democráticas.
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Uma reunião com os dirigentes estaduais ocorrerá na próxima semana (Reprodução/Redes Sociais)



