O vereador Papy vai assumir a presidência regional do Solidariedade ainda este mês. O convite, que partiu da executiva nacional, tem a ver com o perfil do parlamentar, que terá a missão de trazer dinamismo ao partido. “Devido às alterações que a legislação teve, vai ter uma exigência dos partidos a trabalharem muito mais essa construção política. Agora ela é individualizada, as legendas não vão mais poder esperar, por exemplo, os grandes partidos se organizarem para optarem por coligações”, disse Epaminondas Vicente Silva Neto, de 32 anos, em entrevista exclusiva para o JD1 Notícias.
Segundo ele, a atual legislação obriga cada partido a ter sua própria chapa individual, também conhecida como chapa pura. “Diante dessas dificuldades que os partidos no Brasil vão começar a ter a partir de 2020, eles entenderam que meu nome no momento é o de uma pessoa com um pouco mais de dinamismo, e com entusiasmo”, explica, acrescentando que a indicação vinha sendo discutida desde abril. “O partido tem as metas nacionais e viram que meu nome é um nome que tem capacidade de fazer essa contribuição”.
Questionado sobre a preparação do partido para as eleições do próximo ano, Papy conta que o Solidariedade tem uma estratégia de ampliação. “O partido não é pequeno para um partido que nasceu em 2013. Já na primeira eleição, elegemos um suplente de federal e deputado estadual, então já de cara o partido foi bem votado. Na eleição de 2016, que eu participei em Campo Grande, nós fomos o quarto partido mais votado na capital, fizemos dois vereadores na aqui e 18 no interior. Agora, em 2018, foram dois deputados estaduais que se elegeram - Lucas de Lima e Herculano”.
No momento, o principal desafio do partido é estabelecer os diretórios em todos os municípios. “O meu trabalho é conseguir montar chapas proporcionais puras. Se em Campo Grande já é difícil, imagina no interior, então se não tivermos uma candidatura majoritária pra puxar essa chapa, possivelmente os partidos vão deixar de existir no interior do estado. Meu trabalho é construir as candidaturas majoritárias, é a nossa meta principal, e talvez seja a principal estratégia”.
Sobre o nome do partido que entrará na disputa pela prefeitura, Papy confirma o deputado estadual Lucas de Lima. “Nós temos quatro nomes de destaque na capital: os deputados estaduais Herculano Borges e Lucas de Lima, o vereador Eduardo Cury, e eu. E alguns nomes muito bons também no interior, porém quem se colocou a disposição do partido para uma disputa majoritária em Campo Grande foi o Lucas de Lima”, frisa o vereador.
De acordo com Papy, o radialista Lucas de Lima “é um cara muito popular, muito aceito na urna, tem um discurso leve, é novo na política, então reúne as condições que o partido pensa para uma candidatura majoritária”.
O vereador conta que, desde as mudanças na legislação, a executiva nacional determinou que todas as capitais devem ter candidatos à prefeito. “É uma determinação nacional, e acho que faz sentido por causa das chapas puras, porque vai ter uma série de candidatos a vereador, todos eles do Solidariedade, para buscar vaga no legislativo municipal. Se não tiver uma majoritária, essa busca fica muito difícil, teria que coligar com outro prefeito, então, dentro dessa estratégia, a nacional já está exigindo dos municípios e das capitais principalmente”.
Questionado sobre a gestão do prefeito Marquinhos Trad, Papy diz avaliá-la como razoável. “O cenário político é muito difícil, não tem político nenhum no Brasil recebendo parabéns por nada. Vivemos em dificuldade financeira, o município vinha de vários problemas políticos, econômicos, e eu entendo que o Marcos (Marquinhos) está indo por um caminho razoável, muito também pelo trabalho da câmara, que tem feito um equilíbrio no mandato dele, evitando as polêmicas, os desentendimentos, então a câmara é um contrapeso importante pra gestão dele”.
Desgaste político é proveniente da “prostituição” partidária que temos no Brasil, diz Papy
Na opinião de Papy, os partidos políticos brasileiros perderam o compromisso de fechar a porta para os corruptos, “paro cara que não pagou a última eleição, paro a cara que já passou por 300 partidos, o cara que não tem alinhamento ideológico com ninguém, que só vem pegar uma janela, se elege e faz a vida dele. Então a culpa do desgaste político que a gente tem com a falta da confiança do eleitor é proveniente da “prostituição” partidária que temos no Brasil hoje”, afirma.
“Então a gente vem na nova visão de que é preciso ter critério pra entrar no Solidariedade, e a nossa direção estadual e municipal pensou nisso em 2016 e avaliou os candidatos”, complementa o vereador, frisando que o partido vai manter “esse critério de trazer pessoas boas, não só o novo, por ser jovem, mas aqueles que chamamos de “cabeças brancas”, que são excelentes pessoas, com muito entusiasmo na política. Eu sou um entusiasta político, vou fazer o melhor para rompermos com essa coisas que o eleitor já esta cansado”.
Conforme Papy, a direção nacional do partido deu autonomia a ele para compor a diretoria regional. “No partido, você também precisa se cercar de aliados, porque é um diretório onde qualquer pessoa pode ser votada. A gente deu uma mesclada com o interior, trouxemos as principais forças, gente que está afim de trabalhar”, comenta o vereador, lembrando que a busca por filiados é constante.
“Estamos conversando com várias lideranças, e eu sou muito aberto, falo com todo mundo, acho que a política tem que ser amadurecida nesse sentido, ela não pode ter restrição de nenhum lado, tem que dialogar com todo mundo”.
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"Meu trabalho é construir as candidaturas majoritárias, é a nossa meta principal", diz Papy (JD1 Notícias)



