Isolado no governo Jair Bolsonaro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirma que não sabe o que se discute no Planalto. “É muito chato o presidente fazer uma reunião com os ministros e deixar seu vice-presidente de fora”, diz, em tom de desabafo. Em entrevista ao Estadão, ele avalia que isso não é bom para a sociedade. “Eventualmente, eu tenho que substituir o presidente e, se não sei o que está acontecendo, como vou substituir? Não há condições.”
Durante a conversa, realizada por videoconferência por medidas de isolamento social na pandemia, o vice revelou um exemplo concreto de sua exclusão no governo: ele se ofereceu para chefiar a delegação brasileira nas cúpulas do Clima e da Biodiversidade da ONU, neste ano, mas ficou sem resposta até agora.
Medindo as palavras, Mourão ressaltou que o governo não pode se comportar como “anjo” no relacionamento com o Congresso e reconheceu que o presidente chamou o Centrão para “operar” politicamente. Ele disse que o “orçamento secreto”, adotado pelo presidente em troca de apoio político, é um dos frutos dessa aliança e precisa ser “reorganizado”.
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