A última quinta-feira (11) pode ter sido um divisor de águas na política de Mato Grosso do Sul. A condução coecirtiva, seguida da colocação de tornozeleira, no ex-governador André Puccinelli é um fato que terá consequências determinantes na política estadual.
Quaisquer que sejam os desdobramentos jurídicos futuros do ocorrido esta semana, André terá que avaliar uma inesperada e abrupta situação, a de reavaliar a anunciada postulação de concorrer ao governo em 2018.
Puccinelli vinha ameaçando ser candidato até a última quarta-feira, e já haviam sinais de divisão no PMDB, com parte da legenda simpática a apoiar a reeleição do governador Reinaldo Azambuja. Após a operação “Máquinas de Lama” porém, esse encaminhamento de coalizão das duas maiores legendas do Estado (PSDB-PMDB) deve ganhar ainda mais força.
E a questão não se limita apenas à posição do PMDB , mas ao próprio alinhamento, que faz o mapa da política estadual.
André, além do “tamanho” que tem em questões político-partidárias, sempre foi a maior referência como eventual opositor a Reinaldo e todas as insatisfações com a gestão de Azambuja canalizavam-se naturalmente para ele.
Com um possível afastamento de Puccinelli, ao menos da cena majoritária, há dificuldade, inclusive, de se visualizar de bate pronto uma liderança que possa enfrentar Reinaldo em 2018.
Para piorar um pouco mais , o chamado “candidato novo”, hipótese sempre apontada como uma possibilidade fértil, até agora não dá sequer sinal de que vá acontecer, pois todos que se enquadram nesse perfil ao menos até agora não esboçaram qualquer articulação ou disposição de enfrentar a eleição majoritária para governador. Todos os que poderiam ser essa opção pensam em disputar a eleição para o senado.
Em 2014, por exemplo, o próprio Reinaldo cumpriu esse papel, interpondo-se na contenda PT-PMDB e surgiu como terceira via.
Agora, no entanto, se André recuar para tratar de questões jurídicas até mesmo a polarização que era mais evidente deixará de existir.
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