O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, já falou como vitorioso nesta terça-feira (22), após pesquisas de opinião confirmarem que sua coalizão de direita conseguiu nas urnas uma estreita maioria no Parlamento. "O governo que formarmos será baseado em três principais princípios. O primeiro é força militar compatível com os grandes desafios que enfrentamos. O primeiro desafio era e permanece evitar que o Irã obtenha armas nucleares", disse ele.
O premiê já havia escrito no site de seu partido, o Likud, que "segundo a boca de urna, está claro que os israelenses decidiram que querem que eu continue a servir como primeiro-ministro, e que eu forme um governo o mais amplo possível."
Apesar da vitória do Likud, as pesquisas mostram um crescimento dos centristas do partido laico Yesh Atid e um quadro que mostra o enfraquecimento do premiê.
Segundo a TV pública, a lista Likud-Israel Beiteinu teve 31 dos 120 assentos do Parlamento - 11 a menos do que na legislatura anterior. Ele poderá se aliar com outros partidos de direita, chegando a 61 ou 62 deputados, contra 58 ou 59 da centro-esquerda.
O Yesh Atid vira o segundo partido, com 18 ou 19 deputados, à frente do Partido Trabalhista, que teve 17.
Os partidos ultraortodoxos Shas e Judaísmo Unido da Torá tiveram 12 e 6 cadeiras. O centrista Hatnuá, da ex-chanceler Tzipi Livni, teve 7, assim como o esquerdista Meretz. Os principais partidos árabe-israelenses tiveram 9 cadeiras.
Netanyahu governará pelo terceiro mandato, após antecipar as eleições acreditando na sua força política. Após uma campanha apática, o comparecimento às urnas, num dia ensolarado, foi o maior desde 2003, segundo as projeções iniciais. Esse fator animou os partidos de centro-esquerda, que depositavam suas esperanças em mobilizar uma multidão de indecisos contra Netanyahu e seus aliados nacionalistas e religiosos.
O partido centrista Yesh Atid (Há um Futuro), liderado pelo ex-apresentador de TV Yair Lapid, ficou em segundo lugar, com 18 ou 19 cadeiras, segundo as pesquisas - um resultado expressivo para um novato na política.
Lapid teve bastante apoio do eleitorado laico de classe média, ao prometer resolver a crescente escassez de moradias, abolir a dispensa de seminaristas judeus do serviço militar e iniciar uma reforma do sistema educacional.
O outrora dominante Partido Trabalhista, comandado por Shelly Yachimovich, deve ficar em terceiro lugar, com 17 cadeiras.
Antes da votação, várias pesquisas anteviam uma vitória tranquila para Netanyahu, embora a rodada final de levantamentos, na sexta-feira, apontasse um encolhimento da bancada do Likud-Beitenu e um crescimento do novo partido ultradireitista Bait Yehudi (Lar Judaico), que é contra a criação do Estado palestino e propõe anexar partes da Cisjordânia. O Bait Yehudi deve eleger 12 deputados.
Os resultados completos são esperados para esta manhã, e os oficiais devem ser anunciados em 30 de janeiro. Depois disso, o presidente Shimon Peres deve convidar Netanyahu, como líder da maior bancada, a tentar formar um governo.
O ex-militar tradicionalmente forma alianças com partidos religiosos e conservadores. Desta vez, seu principal parceiro deve ser o milionário Naftali Bennett, fundador do Bait Yehudi.
Durante a campanha, Netanyahu enfatizou repetidamente a necessidade de conter o programa nuclear iraniano, deixando em segundo plano a perspectiva de retomada do processo de paz com os palestinos, abandonado desde 2010.
Via G1
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