Durante sua participação no Brazil Economic Forum Zurich 2025, na Suíça, o governador Eduardo Riedel afirmou hoje (23) que o Brasil deve liderar o processo de transição energética no mundo em virtude de possuir dois importantes ativos: segurança alimentar e energia limpa. Para o governador Riedel, o novo posicionamento do governo norte-americano de fazer valer sua força geopolítica em prol da retomada do crescimento de maneira mais vigorosa, com uma linha diferente e de retomada aos combustíveis fósseis, não pode ser fato inibidor para o Brasil.
"São trilhões de dólares que estão em jogo para eles e para nós. Temos os nossos trilhões de dólares na transição energética. Devemos focar nas nossas ações com um power house ambiental e de produção de alimentos de maneira altamente sustentável e fazer valer essa nossa condição em que pese o presidente americano ter uma outra vertente", argumentou.
Também ao comentar sobre a relação comercial entre Brasil e China, Riedel lembrou que o Brasil é responsável por alimentar bilhões de pessoas na Ásia, com maior qualidade e conforto. Ele também refletiu sobre a importância tanto da democracia americana quanto da pujança econômica da China, sugerindo que o Brasil mantenha uma relação institucional sadia e de troca com as atuais duas maiores potências econômicas do mundo.
Transição energética: propulsora do desenvolvimento
"A transição energética tem consequência social direta no desenvolvimento econômico". A frase do governador Eduardol Riedel em sua palestra em Zurique demonstra a importância da questão - que vem sendo discutida e adotada globalmente - para o planejamento de Mato Grosso do Sul.
Sob o tema 'O papel estratégico do Brasil na Transição Energética', o governador apresentou as potencialidades do Estado nesse setor, o que já está em prática para fomentar a economia verde e o papel desses novos modelos de produção na geração de desenvolvimento econômico, tendo como consequência a justiça social e elevação de renda média.
"Esse movimento de transição energética está muito vinculado ao desenvolvimento sustentável no seu plano mais amplo, com resultado econômico para a sociedade e empreendedores. Esta agenda promove justiça social com nível de emprego elevado e melhor remuneração salarial. Ao substituir fontes não renováveis por renováveis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, estamos promovendo desenvolvimento, que é o melhor programa social que pode existir", frisou.
Riedel ainda pontuou que uma sociedade descarbonizada a partir de uma ótica econômica é fundamental para o sucesso, afirmando ainda que Mato Grosso do Sul investe 15% da sua receita corrente líquida em projetos que promovem a industrialização e competitividade no Estado, seguindo a premissa da sustentabilidade.
Diante de uma plateia de autoridades e empresários brasileiros e estrangeiros, o governador destacou que o Estado é um grande exemplo exitoso de liderança neste processo.
"O Mato Grosso do Sul e o Brasil são grandes exemplos de liderança. O Estado, com R$ 100 bilhões em investimentos de plantas industriais, tem como premissa central geração de energia a partir de biomassas, etanol de milho, energia produzida pelos complexos industriais de papel e celulose, com 2 milhões de hectares de florestas plantadas. São grandes usinas de captura de carbono da atmosfera e fechada em uma economia circular", argumentou Riedel.
O governador também lembrou que a Lei do Pantanal garantiu a preservação do bioma e anunciou que este ano o Governo do Estado vai lançar o maior programa de serviço ambiental para o Pantanal, com a remuneração àqueles defendem este ecossistema com recursos privados e públicos. "Na preservação ambiental, também temos indução econômica além do que a legislação prevê".
Antes de encerrar sua participação no fórum, o governador ressaltou que Mato Grosso do Sul foi o estado que mais reduziu as emissões de gases de efeito estufa dentro do agronegócio e persegue a meta de chegar em 2030 com um Estado Carbono Neutro. "Mato Grosso do Sul é o estado com maior previsão de crescimento em 2025 com 4,2% do PIB. Estamos também perseguindo a erradicação da pobreza extrema", assinalou.
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