Na terça-feira (2), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou ser contra medidas sanitárias restritivas uniformes em todo o território brasileiro. Para ele, um lockdown nacional para combater a pandemia de covid-19 não funcionaria em um país de dimensões continentais como o Brasil e que não se vive em uma ditadura, para "impor algo nacional".
"Eu considero que isso são coisas de cada lugar. Porque o Brasil é multidiferenciado. Cada população tem sua característica. Se analisar o país, são cinco países diferentes num só. O norte é uma coisa, o nordeste é outra, etc e tal. Não adianta você impor algo nacional e aí como você vai fazer isso para valer? A imposição. Nós não somos ditadura. Ditadura é fácil, vai dando bogornada em todo mundo aí", afirmou Mourão.
Mourão acredita ainda que a saída passa por políticas de conscientização, mudanças na dinâmica de transporte urbano e imunização em massa. "Acho que vai ter que ter uma campanha em todos os níveis aí de conscientização da população. Acho também que tinha que ter alguma coisa atitude em relação ao transporte urbano. Acho que nenhum gestor preocupou muito com isso aí. E a gente conseguir acelerar as vacinas. Aí a coisa anda de forma boa."
Sobre o papel do governo federal nessa "campanha de conscientização", o general da reserva destacou que "a população cansou". "Você nota nitidamente. Quando teve a primeira onda, vamos dizer que foi mais leve, mas com casos que levaram a óbito, o pessoal ficou trancado em casa. De uma hora pra outra abre, voltar de novo é complicado. A turma cansa. Característica do nosso povo, ele não gosta de ficar trancada, ele gosta de ficar na rua. Isso é uma realidade", analisou o vice-presidente.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Colômbia detecta variantes britânica e brasileira do coronavírus

Ministério Público pede o afastamento de ministro Ricardo Salles

Sérgio Murilo diz que área social será marca de governo

Após novas complicações na saúde, Bolsonaro vai fazer quinta cirurgia pós-facada

Reinaldo prorroga ICMS de restaurantes por 90 dias

Câmara volta com comissão sobre prisão em segunda instância

STF julga se ex-presidente Lula será elegível em 2022

Senado aprova formulário de registro de violência doméstica e familiar

Bolsonaristas fazem carreata "pela família" e "contra o comunismo"
