A senadora Simone Tebet, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, afirmou em entrevista CBN que a proposta de reforma previdenciária apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada tem o mérito de atacar classes privilegiadas, como a política. Ela disse, no entanto, que o texto não necessariamente será aprovado como veio. "Nossa preocupação é que ela seja profunda, mas não seja profana", disse. Na avaliação da senadora, a proposta foi bem aceita e é profunda em razão da necessidade que representa para o país.
Questionada sobre quais pontos ela acredita que o Congresso Nacional pode alterar, ela citou as mudanças no benefício de prestação continuada, que, de acordo com o texto apresentado, prevê que idosos que não tenham meios de se sustentar recebam R$ 400 a partir dos 60 anos e só aos 70 anos passam a receber um salário mínimo. Além disso, ela afirmou que particularmente tem a preocupação com a diferença de apenas três anos para homens e mulheres se aposentarem. “Qual o impacto financeiro disso? Porque as mulheres, embora vivam mais, têm mais dificuldade de entrar no mercado de trabalho e tem o emprego interrompido mais vezes”, avaliou.
De acordo com a presidente da CCJ, todas essas questões "serão amplamente debatidas e levarão em conta a injustiça versus a economia ou o custo de uma alteração no Congresso Nacional". Simone Tebet também avaliou que a reforma dos militares, embora não tenha sido entregue ao mesmo tempo que a Reforma da Previdência, poderá tramitar em conjunto e as duas podem ser aprovadas ao mesmo tempo.
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