O grupo ambientalista Greenpeace informou nessa quarta-feira que as autoridades da Rússia encerraram as acusações contra 29 ativistas que foram detidos durante um protesto em setembro, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel. Em comunicado divulgado no site da unidade brasileira do grupo, ela diz que sua saga "deve acabar logo" e afirma que é um "absurdo" ser perdoada por um crime que não cometeu.
Em setembro, 30 membros do Greenpeace foram presos quando estavam a bordo de um barco protestando contra a exploração de petróleo no Ártico, inicialmente acusados de pirataria e depois de vandalismo. Eles foram liberados em novembro, mas aguardavam julgamento.
Segundo o Greenpeace Brasil, os 26 integrantes de nacionalidade não russa vão entrar com pedido de vistos de saída para finalmente poderem deixar o país.
"A nossa saga deve acabar logo, mas não existe anistia para o Ártico. Então, quando isso acabar, nós continuaremos nossa missão de proteger o Ártico das petrolíferas gananciosas", disse a ativista Ana Paula no comunicado. "É um absurdo que tenhamos sido perdoados de um crime que não cometemos. Não sou culpada e nunca fui. Estou triste de deixar a Rússia enquanto nosso navio Arctic Sunrise permanece aqui. Metade de meu coração vai permanecer com ele, atracado em Murmansk", acrescentou.
Segundo a Associated Press, dos 30 membros do Greenpeace presos, apenas o italiano Cristian d''Alessandro não recebeu a anistia ainda, por não ter conseguido um tradutor para acompanhá-lo ao Comitê Investigativo. Ele precisará conversar novamente com as autoridades para conseguir resolver sua situação.
As acusações contra os membros do Greenpeace foram retiradas como parte de um projeto de anistia aprovado pelo Parlamento este mês. Observadores dizem que a medida foi uma tentativa de acalmar as críticas contra o respeito aos direitos humanos no país, que receberá em fevereiro os Jogos Olímpicos de Inverno.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, questionou a intenção dos ativistas de defender o Ártico e disse que eles estavam tentando prejudicar os interesses econômicos do país. Ele disse que não se importava com o fim das acusações contra os membros do Greenpeace, mas acrescentou esperar que "isso não se repita".
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