Durante sessão na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (14), o presidente da Comissão dos Servidores Administrativos da Educação Municipal de Campo Grande, Jorge Aparecido Martins Dantas, de 60 anos, fez um desabafo sobre a situação salarial da categoria.
Segundo ele, metade de sua vida foi dedicada ao trabalho administrativo da educação. "De 60 anos de vida, 30 deles eu dediquei ao trabalho administrativo da educação", disse.
Jorge Aparecido afirmou que os servidores municipais enfrentam dificuldades financeiras graves. "Nós estamos passando fome, e vergonha perante a sociedade, por não conseguirmos pagar nossas dívidas, nossos compromissos, para suprir nossas necessidades mais básicas, por conta de um salário abaixo de um salário mínimo", declarou.
Ele classificou a situação como anticonstitucional, mas afirmou que Campo Grande mantém essa prática há décadas. "Esse tipo de pagamento é anticonstitucional, mas Campo Grande faz isso há décadas", disse.
O dirigente ressaltou que a categoria está sem reajuste salarial há mais de cinco anos, inclusive sem a reposição inflacionária. "Estamos sem nenhum reajuste salarial há mais de cinco anos... estamos pedindo socorro", declarou, criticando também o sindicato da categoria.
Jorge Aparecido destacou que muitos trabalhadores recorrem a trabalhos extras para complementar a renda. "Todos têm empréstimos, estão com o limite do cartão de crédito estourado, porque o salário não compensa. Servidores fazendo bico, arriscando a vida em outros setores, porque a família precisa", relatou.
O presidente da comissão afirmou que deseja conversar com a prefeita Adriane Lopes (PP) sobre a situação. "Nós não estamos aqui para brigar, queremos falar com a prefeita. Se ela nos receber, vamos levar a ela nossos holerites", disse, enfatizando que o salário é apenas "a ponta do iceberg" das dificuldades enfrentadas.
"Os servidores administrativos escolares desempenham funções em recepção, portaria, limpeza e inspeção de estudantes nas escolas. A reportagem apurou que eles cumprem uma carga horária de 6 horas diárias.
Outro Lado – O JD1 Notícias procurou a prefeitura para obter um posicionamento sobre medidas em andamento para valorização ou reajuste salarial e aguarda retorno.
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Jorge Aparecido, presidente da Comissão dos Servidores - (Foto: Reprodução)



