Desinformação geraram um mito perigoso de que o consumo de bebidas de alto teor alcoólico poderia matar o vírus da COVID-19, mas o escritório europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS ) alertou em relatório divulgado nessa quarta-feira (15) que esta informação é falsa.
Pelo menos 200 pessoas no Irã, 20 na Turquia e 17 no Peru morreram depois de ingerir bebidas adulteradas acreditando que se protegeriam da doença
A entidade incentiva os governos a tomarem medidas para limitar este consumo, que é prejudicial à saúde no geral, além de aumentar o risco de violência e lesões, incluindo violência doméstica e intoxicações.
O consumo de álcool pode agravar a vulnerabilidade à saúde e comportamentos de risco, relacionados à problemas de saúde mental e violência.
O consumo pode, inclusive, tornar uma pessoa mais vulnerável ao vírus, já que o álcool compromete o sistema imunológico do corpo e aumenta o risco de infecções. O álcool é responsável por 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo, segundo a OMS.
Para a organização, as regras e regulamentos existentes para proteger a saúde e reduzir os danos causados pelo álcool, como restringir o acesso, devem ser mantidos e até reforçados durante as situações de pandemia e emergência do coronavírus.
Problemas para a saúde
A organização explicou que o consumo de qualquer tipo de álcool representa um risco à saúde, mas que se for etanol, principalmente se tiver sido adulterado com metanol, as consequências para a saúde poderão ser muito graves e levar à morte.
Além do álcool adulterado, a OMS lembrou que o consumo de bebidas está associado a uma ampla gama de doenças crônicas e transtornos mentais, além de comprometer o sistema imunológico, que é chamado a reagir ao vírus se entrar no corpo.
Portanto, os especialistas acreditam que as pessoas devem reduzir totalmente ou ao mínimo a ingestão de álcool, principalmente nesse período de pandemia.
Aumento da violência
Um terceiro aviso relacionado ao álcool lembra que seu consumo aumenta o risco de violência doméstica em um momento em que os ânimos podem ser facilmente exaltados pelo confinamento de bilhões de pessoas no mundo, como uma medida para interromper a transmissão do coronavírus.
"O álcool é uma substância psicoativa associada a transtornos mentais. Pessoas em risco ou com problemas de consumo são muito vulneráveis, principalmente quando isoladas", lembrou a OMS.
A organização é a favor dos governos que consideram limitar o acesso das populações ao álcool, especialmente pela duração das medidas de quarentena.
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