Os agentes de combate às endemias iniciaram na manhã desta quarta-feira (15) uma operação em treze bairros da Capital para combater os altos índices de infestação pelo Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
De acordo com os próprios agentes, uma das principais dificuldades que eles enfrentam no combate às endemias, não são o mosquito transmissor da doença e sim a recusa dos moradores em permitir a entrada nas residências.
Segundo o chefe de serviço de controle ao Aedes Aegypti, Vanderlei Rossati, o mais preocupante são os imóveis fechados, abandonados ou porque o morador recusa a entrada da equipe. “É comum ver o agente batendo na porta do morador e, mesmo vendo o movimento lá dentro, ele não sai para nos receber”, lamenta.

Ao lado da casa da Dona Edna Gomes, 50 anos, foi encontrado exatamente o mesmo cenário descrito pelo chefe de serviço de controle. “Ela vive lá dentro, nunca sai de lá, não atende ninguém no portão, e aqui no quintal é essa sujeira toda, como a gente consegue ver”.
Dona Edna também falou que em sua casa, não deixa água parada e desde que se mudou, está limpando o terreno para acabar com qualquer criadouro. “Essa casa ficou fechada uns quatro meses, e, para piorar, tinha muita manga jogada aqui no chão, então não era só o Aedes que me preocupava”, relembra.
Dados epidemiológicos
Os dados epidemiológicos são atualizados toda quarta-feira e os dessa semana já mostram um aumento significativo no número de notificações feitas ao serviço de vigilância.
Nos últimos sete dias já foram registrados 225 novas notificações de suspeitas de dengue. Além dessas, foram registradas três notificações de Zika Vírus e uma de Chikungunya, que ainda passam por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.
Até o dia 8 desse mês foram confirmados 59 casos de dengue e 1 de zika e nesta semana foi confirmado o primeiro óbito por dengue em Campo Grande. Durante 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito pessoas morreram pela doença.
Foi divulgado nessa terça-feira (14) o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa), onde pelo menos sete áreas foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito. O número de regiões em alerta quase dobrou, em comparação com o último LiRaa, de novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas.
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Agentes iniciaram ação de combate nesta quarta-feira (Reprodução/Assessoria)



