Uma gestante de 38 semanas (nove meses), que preferiu não se identificar, denunciou nesta segunda-feira (5) as condições precárias no atendimento da maternidade do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap), em Campo Grande.
Segundo ela, gestantes em observação estão passando a noite sentadas em cadeiras por falta de leitos e macas.
"Cheguei ontem com sangramento e me deixaram em observação para fazer uma ultrassonografia hoje. Passei a noite em uma cadeira de fio nos corredores. Não há leitos disponíveis, nem sequer macas", relatou a paciente ao JD1.
"A equipe tem feito o que pode, o atendimento é bom, mas falta estrutura", completou.
A paciente destacou que não está sozinha na situação, pois outras gestantes estão enfrentando a mesma dificuldade.
De acordo com ela, o hospital enfrenta grande demanda e está priorizando casos emergenciais, mas o tempo de espera prolongado causa desconforto e insegurança às pacientes.
Em resposta, o hospital emitiu uma nota sobre o assunto. Confira na íntegra:
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informa que a situação relatada reflete uma realidade enfrentada por diversas maternidades da rede pública de saúde, especialmente em momentos de superlotação. Todas as maternidades da cidade têm registrado alta demanda, o que impacta diretamente na disponibilidade imediata de leitos e macas.
O Humap-UFMS atua como hospital de ensino, referência em gestação de alto risco e recebe pacientes tanto por regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto por demanda espontânea (porta aberta). A equipe multiprofissional tem se empenhado ao máximo para garantir atendimento seguro e digno às gestantes, mesmo diante das limitações estruturais ocasionadas pela superlotação.
Reforçamos nosso compromisso com a qualidade da assistência e informamos que a instituição tem dialogado com os gestores do SUS e da rede de saúde para buscar soluções que minimizem os impactos sobre os pacientes.
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