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Saúde

Quarentena e uso de eletrônicos impõem novos cuidados à visão

O especialista em retina, Álvaro Hilgert aponta os novos desafios e cuidados com os olhos

03 setembro 2020 - 14h35Sarah Chaves

A preocupação com a saúde tem sido prioridade nos últimos meses diante da pandemia de coronavírus, porém os cuidados com a visão podem ter sido postergados frente à necessidade de se manter em quarentena.

Com mais pessoas em casa, aumentam as horas no celular, computadores e tablets, o que também é a realidade de quem trabalha em home office, porém este costume pode afetar a visão de milhares de pessoas, como relata o diretor do Instituto da Visão, Álvaro Hilgert, oftalmo há três décadas e especialista em retina pela Universidade de Boston nos E.U.A.

Com relação ao coronavírus, os sintomas como conjuntivite e inflamação de retina são problemas infrequentes. “Praticamente a gente não diagnosticou nenhum paciente com esses achados, o que esta acontecendo nessas últimas semanas, é que a umidade do ar está muito baixa, então a queixa dos pacientes com ardência ocular, sensação de corpo estranho no olho, aumentou”, o oftalmo ressalta também que, além disso, ficar muito tempo na frente da tela de um PC também tem surtido efeito nos pacientes.

“Quando a pessoa fica trabalhando em ambiente fechado com ar condicionado, em frente ao computador ou tablet, existe uma síndrome que faz com que o olho fique irritado, vermelho e com sensação de areia, o que gera desconforto, como cansaço e dor de cabeça”, indica Álvaro.

Por que isso acontece?

Conforme o oftalmologista, quando alguém fica muitas horas ininterruptas no computador, a tendência é piscar menos que a média.

A frequência do piscar normal varia de 20 a 25 vezes por minuto, porém quando estamos no computador, a quantidade baixa para menos da metade, e com isso a lubrificação do olho fica prejudicada. “Geralmente quando se trabalha no computador, a pessoa também está em um ambiente com ar condicionado, o que deixa a umidade do ar ainda mais baixa, causando esse ressecamento, olho vermelho, queixa de ardência e cansaço”. Tais sintomas e problemas na visão aumentaram durante a pandemia, analisa o oftalmo, após a mudança de hábito da população na quarentena.

Álvaro explica que o número de atendimentos desses pacientes diminuiu no consultório, pois existe o receio de contaminação, então o número de atendimentos caiu praticamente pela metade, mas os pacientes entram em contato por telefone, e cada vez mais vem se queixando desses problemas desenvolvidos pelo uso contínuo de aparelhos eletrônicos. “A gente percebe que houve um aumento disso, porém, no total é difícil de avaliar, pois o atendimento presencial diminuiu”, aponta.

Apesar de causar desconforto, e dor de cabeça em algumas pessoas, os sintomas não tem a tendência de se agravarem ao longo prazo, segundo o diretor do Instituto da Visão. Se o usuário ficar muitas horas no computador com uma lubrificação inadequada e usa lentes, isso pode eventualmente aumentar o risco de uma infecção. “O cuidado com a lubrificação deve ser redobrado”.

Dicas

Álvaro Hilgert aconselha que se caso o paciente tenha os sintomas de olho vermelho, sensação de areia, ou baixa de visão, ele deve tomar cuidado e procurar o atendimento médico.

- Use um colírio lubrificante, eles não necessitam de receita médica.
- Se for usuário de lentes de contato ou estéticas, procure orientação do seu oftalmologista. 

Todas as clínicas estão atendendo em regime reduzido e com cuidados, porém se houver dúvida, o paciente deve procurar imediatamente o médico que já o acompanha, alerta o especialista.

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