O avanço do saneamento básico em Mato Grosso do Sul tem se mostrado não apenas uma conquista social e ambiental, mas também um fator estratégico para o fortalecimento da agricultura familiar e da economia local. Nos últimos dois anos, mais de 1.100 quilômetros de redes de esgoto foram implantados em todo o estado, por meio da atuação da Águas Guariroba, em Campo Grande, e da Ambiental MS Pantanal, presente em 68 municípios por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com a Sanesul e o Governo do Estado.
Esse investimento beneficiou diretamente mais de 200 mil pessoas com acesso ao esgotamento sanitário, impedindo que cerca de 2,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sejam lançadas mensalmente na natureza — protegendo rios, córregos e o solo onde muitos desses produtores cultivam seus alimentos.
Para Gabriel Buim, diretor-presidente da Águas Guariroba, o impacto desse avanço vai além da infraestrutura. “Não se trata apenas de levar redes até os imóveis, mas de garantir dignidade e saúde para as pessoas. Neste ano, alcançamos 94% de cobertura da rede de esgoto e mantemos 100% de cobertura de água potável desde 2011. Esses índices refletem o comprometimento da equipe e a confiança da população.”
Essa segurança hídrica e sanitária é essencial para o desenvolvimento de práticas agrícolas mais sustentáveis, seguras e produtivas. Com água potável acessível e tratamento adequado de esgoto, produtores rurais conseguem melhorar suas condições de cultivo e pós-colheita, garantindo alimentos de melhor qualidade e com menos risco de contaminação.
Os reflexos já podem ser observados na Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (CEASA/MS), conforme dados levantados com exclusividade ao JD1 Notícias. No primeiro semestre de 2025, a comercialização de frutas, legumes e verduras produzidos em Mato Grosso do Sul cresceu 18,78% em comparação com o mesmo período de 2024, saltando de 14,2 mil para 16,9 mil toneladas. Quando comparado ao segundo semestre do ano anterior, o crescimento foi ainda maior, 19,06%.
Esse aumento se deve, em grande parte, ao fortalecimento da agricultura familiar, que contou com 1,4 mil toneladas comercializadas no CECAF, o Centro de Comercialização da Agricultura Familiar. Entre os destaques estão 3 mil toneladas de mandioca, 2,3 mil toneladas de ovos e a laranja (2,1 mil toneladas). Municípios como Terenos, Sidrolândia e Campo Grande lideraram o abastecimento.
A melhora nas condições sanitárias dos municípios produtores, aliada à infraestrutura da CEASA e ao apoio técnico aos agricultores, fortalece esse ciclo positivo. Água de qualidade, coleta e tratamento de esgoto são pré-requisitos para que o campo produza mais, com mais segurança e competitividade.
A chegada da terceira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Campo Grande, a ETE Botas, com capacidade para tratar mais de 600 milhões de litros de esgoto por ano, é mais um passo nesse caminho. Com isso, Mato Grosso do Sul avança rumo à universalização dos serviços de saneamento, conforme previsto pelo Marco Legal do Saneamento até 2033.
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Comunicação CEASA/MS 




