Saem os Três Porquinhos, entram as Meninas Superpoderosas. Em menos de seis meses, o eixo de poder do governo Dilma mudou: os três homens que comandaram a campanha e assumiram postos chaves no Executivo e no partido deram lugar na ribalta a três mulheres que passam a dominar o Planalto.
Como na lenda infantil, as "casas" dos Porquinhos caíram, por razões distintas. José Eduardo Dutra deixou a presidência do PT após enfrentar problema de saúde.
Antonio Palocci (Casa Civil) surpreendeu o país ao enfrentar a segunda queda em menos de quatro anos.
Sobrou José Eduardo Cardozo (Justiça), que, nas semanas em que o governo viveu sua principal crise, primeiro teve atuação discreta, e, depois, saiu de cena por conta de uma anemia.
Na troca da guarda, entrou em cena um trio que passou a comandar os principais programas de governo e a coordenação política de Dilma.
Juntas, Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento) são responsáveis pela gestão de todas as vitrines do governo, do PAC ao Minha Casa, Minha Vida.
A divisão de tarefas, estabelecida quando Palocci ainda estava sob o teto do governo, agora pode causar alguma cotovelada entre as duas.
Isso porque Gleisi assumiu dizendo que sua missão seria cuidar da execução dos programas do governo, e justamente o mais amplo deles, o PAC, foi retirado da Casa Civil para o Planejamento, dada a função eminentemente política do ex-ministro.
Se por um lado a nova ministra enfatiza seu papel de gestora, é de se esperar que some esforços com a terceira integrante do trio. Gleisi pode dar à negociação política a leveza que ainda falta a Ideli Salvatti, apostam aliados.
"Gleisi sabe negociar, ceder e compor quando preciso. A Ideli já deu mostras de ser mais inflexível", analisa um líder da base na Câmara.
Única das três que estava no Planalto desde a posse de Dilma, Belchior passa, com a assunção das outras, a novo patamar de visibilidade, apostam ministros e aliados.
"A Miriam tem a memória do governo Lula, a confiança da Dilma há mais tempo e controla a chave do cofre. É ela que vai dizer quando será a hora de soltar o torniquete dos gastos", diz um colega.
O único homem de peso na cozinha de Dilma agora é Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral). A presidente cumpre, ainda que meio por acaso, a promessa de campanha de ter mais mulheres em cargos-chave.
Com informações da Folha on line.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Advogado é encontrado morto em hotel de Salvador

JD1TV: Sem dinheiro para pagar corrida de aplicativo, mulher se joga de carro em movimento

Governo federal vai ressarcir aposentados com recursos do Tesouro Nacional

Em Conferência na França, Lula garante ampliar cobertura de áreas marinhas protegidas

Tributação de títulos de renda e maior cobrança das bets é alternativa ao IOF

Explosão de carro em posto de combustíveis no Rio de Janeiro deixa um morto e um ferido grave

Brasil investiga 10 novos casos suspeitos de gripe aviária; nenhum em granjas comerciais

Mais três marcas de azeite são proibidas de serem vendidas pela Anvisa

Colisão entre ambulância que carregava pacientes e caminhão deixa quatro mortos
