Menu
Menu
Busca sábado, 06 de dezembro de 2025
CCR Vias - Movida - Nov-Dez25
Cidade

Movimento quer tirar dependentes químicos do centro

Devido o crescimento de dependentes químicos em situação de rua na área central, movimento faz abaixo-assinado

22 fevereiro 2019 - 10h15Rayani Santa Cruz    atualizado em 22/02/2019 às 12h46

Um movimento e coleta de assinaturas para com a intenção de melhorar a segurança pública e diminuir problemas causados pelo alto número de moradores de rua, no centro de Campo Grande, acontece amanhã às 9h na rua Barão do Rio Branco (em frente a uma ótica) entre a avenida Calógeras e rua 14 de Julho.

O crescimento da população de rua ocorre todos os meses e atualmente existem 1500 pessoas no entorno da área central. 

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Adelaido Vila, a situação vai além da segurança pública, pois, os moradores são alvos fáceis do tráfico de drogas, logo, são aliciados e se tornam dependentes químicos causando delitos e prejuízos aos logistas e moradores do centro.

Ele explica que esteve à frente do Conselho Municipal de Segurança Pública por seis anos, e levantamentos apontaram que grande parte dessas pessoas vieram de outras cidades atrás de trabalho na capital. Foram praticamente enganados com ilusões de trabalho na construção civil e agricultura. Sem emprego, passaram a viver em situação de rua e quando as passagens de retorno foram oferecidas, muitos se recusaram, até pela questão da vergonha em retornar dessa maneira para casa.

“O objetivo não é fazer 'faxina social', não é nada disso. Temos que discutir de outra maneira, não é só questão de segurança pública. Não basta o policial ir até lá e expulsar ou prender. Eles são aliciados pelos traficantes e vão se tornando viciados. Em certos casos, o nível de dependência química está tão acentuado que somente a internação compulsória poderá resolver”, explicou.

Para o presidente da CDL, provocar a discussão sobre a saúde e internação compulsória é super necessário. Ele acredita que valores, bens bloqueados do tráfico de drogas devem retornar ao estado para que esses doentes sejam tratados em clinicas. 

A intenção é que um projeto de lei seja elaborado, para que os moradores dependentes químicos possam ter uma chance de mudar de vida. “Na verdade a intenção é movimentar toda essa máquina e provocar soluções mais profundas, tratar o problema na raiz e isso é possível”. 

Adelaido citou que além dos moradores assustados, várias empresas do centro, não estão abrindo a noite devido os grandes transtornos e até a população que antes frequentava bares e restaurantes deixou de comparecer em algumas áreas. 

A organização da coleta de assinaturas está a cargo da CDL, Conselho de Segurança Pública Municipal e Rotary Clube. A meta é coletar cinco mil nomes para a realização de um projeto de lei a cargo do município com a chamada “Menos andarilhos, mais segurança” que visa até mesmo a internação compulsória para dependentes químicos da cidade.

O abaixo-assinado será entregue as autoridades municipais como o prefeito Marquinhos Trad, deputados, vereadores e Ministérios Público Estadual, Federal e do Trabalho.

Secretária de Assistência Social

Sobre o assunto a Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Grande disse em nota que serviços são ofertados 24 horas aos moradores de rua da capital. Existe a identificação, abordagem e encaminhamentos de pessoas que aceitam o atendimento ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop). No mês de janeiro, 188 pessoas foram atendidas no Centro POP, com volume mês de 285 atendimentos, pelo Serviço de Abordagem Social 237 atendimentos. Foram concedidas 45 passagens para transporte.

A nota diz ainda que todos os meses, a SAS realiza a Campanha “Onde a Esmola Acaba, o Direito Começa”, visando à sensibilização e divulgação social acerca dos serviços oferecidos pela Política de Assistência Social no Município de Campo Grande.

As abordagens nas Rodoviárias da capital (antiga e nova) foram intensificadas, além  da sensibilização aos usuários que se encontram nos Pontilhões da Av. Ernesto Geisel. 

A Secretaria explica que o público é flutuante, ou seja, para a Política de Assistência Social, o trabalho é caracterizado pela continuidade, sensibilização e perspectiva de transformações sociais, assim, o usuário do serviço é atendido em articulação com a rede socioassistencial e garantia de direitos, que está além de dados quantitativos.

 

Reportar Erro
Energisa Nov-Dez 25

Deixe seu Comentário

Leia Também

Casas populares
Cidade
Pré-seleção para 30 apartamentos do Jardim Antártica acontece neste sábado
O tráfego será monitorado por agentes de trânsito posicionados em oito pontos estratégicos.
Cidade
Centro terá interdições neste domingo para Operação Limpa Fios
MS-040 vai passar por nova pavimentação
Cidade
Nova pavimentação da MS-040 promete impulsionar economia entre Santa Rita e Brasilândia
Crise ameaça continuidade do transporte coletivo em Campo Grande
Cidade
Crise ameaça continuidade do transporte coletivo em Campo Grande
Prédio do TRE no Parque dos Poderes
Cidade
TRE leva serviço itinerante ao Noroeste neste sábado
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica
Cidade
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica
Caminhão quase ficou sem uma das rodas
Cidade
Não é só na Capital: Asfalto cede e cratera 'engole' caminhão em Água Clara
Adriane Lopes -
Saúde
Adriane tenta suspender promoção de médicos alegando crise, mas desembargador nega
Filho e pai -
Justiça
Justiça absolve acusado de matar o pai a facadas e aplica internação por tempo indeterminado
Campo Grande publica calendário de feriados e pontos facultativos de 2026
Cidade
Campo Grande publica calendário de feriados e pontos facultativos de 2026

Mais Lidas

Dupla foi presa em flagrante pelo homicídio
Polícia
Mulher foi assassinada na BR-262 pela prima após descobrir drogas em guarda-roupa
Imagem ilustrativa
Polícia
Mulher é presa por cortar virilha do filho de 6 anos para evitar abuso
Mária de Fátima, morta pela prima e jogada na BR-262, em Campo Grande
Polícia
Morta pela prima, mulher se refugiava na Capital após fugir de violência doméstica em MG
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica
Cidade
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica