Pinóquio, do artista plástico paulista Alex Cerveny, é uma mostra inédita premiada na 5ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça (Funarte/Minc) composta por sessenta e quatro gravuras em cliché-verre. O uso desta técnica foi escolhido pela contemporaneidade e se relaciona com o livro Aventuras de Pinóquio - História de um boneco, escrito por Carlo Collodi em 1883.
O cliché-verre foi um método inventado no final do século XIX e consiste na versão desenvolvida por Alex em chamuscar uma placa de vidro com uma vela, tornando-a opaca como uma película de fuligem e, em seguida, é feito o desenho sobre esta superfície com uma agulha ou objeto pontiagudo. O resultado é um negativo do qual será feito um contato fotográfico para, finalmente, ser impresso. As matrizes de vidro e fuligem foram produzidas pelo artista para o referido livro da Editora Cosac Naify.
O artista ainda realizará uma oficina gratuita para crianças e adolescentes amanhã (14), das 14 às 17 horas. Nela os participantes poderão vivenciar técnicas de projeção inspiradas em Pinóquio e baseadas em técnicas utilizadas por um dos maiores animadores da história do cinema mundial: Lotte Reiniger.
Conexão Dual - Diálogos Gravados, com gravuras das artistas gaúchas Arlete Santarosa e Lana Lanna, é uma homenagem do Marco à artista Lana Lanna, falecida em 2011. A mostra, que participou da 4ª Temporada de Exposição de 2008, foi doada pela família da artista e sua parceira de trabalho, Arlete Santarosa, para o Museu.
A exposição une a técnica de xilogravura de Arlete e de metal de Lana, estabelecendo conexões gráficas entre seus percursos criadores, apresentando o modo particular de cada uma se relacionar com a vida e com a arte. Como ponto de partida para o diálogo, foram usadas gravuras que, trocadas entre as duas, serviram como referência para leitura e interpretação na sequência de uma nova imagem, sempre respeitando a individualidade de cada uma.
Admirável Mundo Novo, fotografias e instalações do designer, fotógrafo, artista gráfico e arquiteto campo-grandense Lula Ricardi, é uma narrativa inspirada na obra do escritor Aldous Huxley “Admirável Mundo Novo”, que conta uma fábula futurista e desumanizada cada vez mais parecida com os dias atuais em um mundo despreocupado com o equilíbrio e o pensamento humanista, que estabelece o consumo e a massificação como condição existencial. Lula faz uma narrativa a ser apresentada a partir dessa lógica, abstraindo a massificação simbolicamente por meio de cenas da existência através da imagem fotográfica.
Estruturas Urbanas, gravuras do campo-grandense William Menkes, é a investigação de estruturas da cidade de Campo Grande feitas de ferro. Fotografadas e recortadas pelo artista, as peças deram vida às gravuras em metal por meio de linhas minuciosas que estabelecem a relação entre espaço e profundidade, expandindo o desenho.
Serviço
A 3ª Temporada estará aberta à visitação de terça a sexta, das 12 às 18 horas. Sábados, domingos e feriados das 14 às 18 horas. A mostra fica aberta ao público até 13 de outubro. Para mais informações e agendamento com escolas para a realização de visitas mediadas com as arte educadoras do Programa Educativo, ligar no telefone (67) 3326-7449. O Museu de Arte Contemporânea fica na rua Antônio Maria Coelho, 6000, no Parque das Nações Indígenas.Reportar Erro
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