As contas são simples. Segundo Tristão García, o Cruzeiro tem 83% de chances de ser campeão brasileiro, contra 13% do São Paulo. Grêmio (1%), Atlético-MG (1%) e Corinthians (1%) possuem possibilidades remotíssimas. Inter e Fluminense já não poderão mais comemorar o título. A conquista celeste, então, seria apenas questão de tempo, certo? Para a matemática, é quase isto. Olhando para o futebol e para a tabela, porém, é bastante possível imaginar um São Paulo muito mais ameaçador e perigoso nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro do que os frios números aparentam.
O raciocínio é o seguinte: o São Paulo joga suas duas próximas partidas dentro de casa. O Cruzeiro? Fora. Internacional (quarta-feira) e Palmeiras (domingo) são os dois próximos rivais do time tricolor, que, por ter compromisso na semana que vem pela Copa Sul-Americana, fará uma partida a mais que o time celeste pelo Campeonato Brasileiro nos próximos sete dias. Os mineiros, que pegam o Atlético-MG na quarta pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, só entram em campo pela Série A no domingo, diante do Santos, na Vila Belmiro. Depois, voltam a ter o mesmo número de jogos que o São Paulo somente na outra quinta-feira, contra o ascendente Grêmio, em Porto Alegre.
Até lá, porém, os comandados de Marcelo Oliveira já poderão ter perdido a ponta da competição nacional. Para isto, bastará que o São Paulo mantenha a boa fase (quatro vitórias nos últimos cinco jogos), triunfe sobre os decadentes Inter e Palmeiras no Morumbi e que o Cruzeiro não some pontos diante do mordido Santos na Baixada Paulista. Aí, o time de Muricy Ramalho encerraria o domingo com 68 pontos contra 67 do Cruzeiro. Tudo bem, os tricolores também teriam uma partida a mais, só que o time celeste “zeraria” os duelos contra o forte e motivado Grêmio de Felipão na Arena, em Porto Alegre. Um novo tropeço cruzeirense poderia deixar o São Paulo na "liderança de fato" da elite nacional a três rodadas do fim.
Daí para frente, a sequência são-paulina será: Santos (fora), Figueirense (casa) e Sport (fora). Já o Cruzeiro pegará Goiás (casa), Chapecoense (fora) e Fluminense (casa). Aí, a tabela celeste parece mais simples. Até lá, contudo, muita coisa já poderá ter mudado. Como reagiriam os mineiros se entrassem em campo fora da liderança? E os paulistas? Sentiriam a pressão de ter que jogar duas vezes fora de casa possivelmente ocupando a ponta da tabela pela primeira vez no ano? Tudo são suposições. Mas o que parece certo é que, se não diminuir a desvantagem para o Cruzeiro até domingo, o São Paulo dificilmente representará uma ameaça de fato considerável para os atuais campeões brasileiros na reta final da Série A.Reportar Erro
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(Foto: Alexandre Schneider/Getty Images) 



