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Esportes

Dirigentes somem e deixam Felipão solitário em momento crítico

01 julho 2014 - 11h54Via Uol
No momento em que mais precisaria de um escudo, Luiz Felipe Scolari está solitário. Sem a presença de um dirigente no dia-a-dia da seleção brasileira, o técnico se desgasta e precisa dividir sua atenção entre o trabalho de campo e temas que teoricamente fogem de sua alçada.

Na última segunda, por exemplo, nenhum cartola ajudou Felipão a comandar o ambiente turbulento na reapresentação do time após a vitória nos pênaltis contra o Chile. José Maria Marin, presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa), e Marco Polo Del Nero, membro da Fifa e que vai assumir a confederação brasileira no ano que vem, só fazem visitas esporádicas ao time de Luiz Felipe Scolari e não estavam na Granja Comary.

Quem costuma dar as caras em dias como esses é o chefe da delegação, Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba. Na última segunda, porém, ele não esteve na Granja Comary. A CBF confirmou a ausência do dirigente, mas não soube explicar o motivo.

Nesse cenário, Felipão e o assessor de imprensa, Rodrigo Paiva, têm arregaçado as mangas para defender a seleção em questões políticas e outros assuntos que nascem nos bastidores.

Um exemplo é a suspensão de um jogo anunciada nesta segunda para Paiva, acusado de agredir o atacante Pinilla, do Chile. Pouco após a punição ser confirmada ao Blog do Rodrigo Mattos, o Uol Esporte telefonou para o chefe da delegação, mas seu celular foi atendido por uma secretária. Às 11h56, ela informou que o dirigente estava numa reunião da Federação Paranaense de Futebol. A reapresentação dos jogadores estava marcada para as 12h. Ele já não havia viajado com o time para Goiânia, onde aconteceu amistoso com o Panamá.

Del Nero, por sua vez, estava nesta segunda na Federação Paulista para participar de uma reunião de diretoria. José Maria Marin não foi localizado pela reportagem.

Sem que nenhum dirigente tivesse se pronunciado oficialmente sobre o assunto, Paiva se defendeu da acusação com uma nota no site da CBF assinada por ele mesmo. Não foi a primeira vez que o assessor se manifestou sobre temas mais apropriados para dirigentes.

Durante a entrevista coletiva de Luiz Felipe Scolari e Thiago Silva no Mineirão, na véspera do jogo com o Chile, Paiva pegou o microfone após um jornalista chileno indagar a Scolari sobre jogadores e cartolas chilenos insinuarem que a arbitragem na Copa é favorável ao Brasil. "Esse tipo de acusação é mais que um desrespeito à seleção, é um desrespeito ao povo brasileiro", declarou o assessor.

Antes, o presidente da associação chilena, Sergio Jadue, havia dito que exigiria um árbitro de alto nível no jogo com o Brasil, pelas oitavas de final. Marin não se manifestou sobre a arbitragem. Como presidente do COL, ele ficaria numa situação delicada caso entrasse na polêmica. O mesmo vale para Del Nero, membro da Fifa, responsável pela escolha dos juízes.

Qual brasileiro falou sobre o assunto? Scolari. "Os árbitros estão meio reticentes contra o Brasil. Se não querem que o Brasil seja campeão, têm ao menos que ser iguais com todos", reclamou o treinador após a vitória contra o Chile, em que a seleção reclamou de um pênalti e um gol anulado.

Felipão também sai da área técnica ao lidar com a imprensa. Na última segunda, incomodado com a repercussão da classificação apertada contra o Chile, ele convocou seis jornalistas com quem mantêm relação mais próxima para conversar. No papo, acompanhado dos auxiliares Flávio Murtosa e Carlos Alberto Parreira, o treinador disse que vê a Fifa contra o Brasil e disse se sentir isolado, segundo o blog do Juca Kfouri, um dos repórteres presentes.

O problema não é novo para Felipão. Em sua última passagem pelo Palmeiras, mais de uma vez o treinador cobrou nos bastidores que o presidente do clube na ocasião, Arnaldo Tirone, fosse mais atuante. Historicamente, ele exige que seus dirigentes protejam os elencos que comanda.

Neste momento, a seleção sofre críticas pelo futebol apresentado contra o Chile e também por um suposto descontrole emocional. Até agora, nenhum dirigente se pronunciou oficialmente para defender os atletas.

Marin, figura máxima da CBF, costuma almoçar com a delegação nos dias dos jogos, quando vai para o estádio no ônibus da seleção. Porém, só apareceu duas vezes na Granja Comary e assistiu a um treino, desde que a preparação em Teresópolis começou.

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