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Manor fecha as portas e esgota chances de Nasr no grid em 2017

27 janeiro 2017 - 12h46Blog Gran Prêmio/ Uol

A F1 terá mesmo dez equipes no grid de largada da temporada 2017. A Manor, que havia decretado falência e procurava um novo investidor para sobreviver e continuar no esporte, chegou a nomear uma empresa para buscar um novo comprador, mas fracassou em sua tentativa de seguir em atividade. O prazo, na verdade, venceu há uma semana, e nesta sexta-feira (27) a equipe fechou de vez suas portas e já dispensou os 212 funcionários, conforme informa o jornalista britânico Andrew Benson, da emissora BBC. A notícia foi oficializada pela administradora da equipe pouco depois.

O fim da Manor também decreta o fim das esperanças de Felipe Nasr em continuar como piloto titular da F1 em 2017. A equipe britânica era a única que ainda não tinha definido sua dupla de pilotos e, com o desfecho confirmado nesta sexta-feira, agora acaba de vez com as chances do brasileiro, que agora buscará outras alternativas, ou como reserva na F1 ou correndo em outra categoria, para dar sequência à sua carreira.

A companhia administradora que ficou responsável pela Manor, FRP Advisory, não encontrou um investidor nas três semanas em que foi designada para tal. Assim, a Just Racing Services, empresa que opera a Manor, encerrou as atividades nesta data.

“É profundamente lamentável que a equipe tenha de cessar a negociação e fechar suas portas. A Manor é um grande nome no automobilismo britânico, e a equipe conseguiu desenvolver um grande negócio nos dois últimos anos, se revigorando sob nova propriedade. Operar e dirigir uma equipe de F1, para os altos padrões exigidos, no entanto, exige um investimento contínuo significativo. A Just Racing Services Limited, posta como administradora no começo de janeiro, pouco depois de tentativas de vender o negócio, sucumbiu ao último obstáculo”, lamentou Geoff Rowley, responsável pela empresa que administrava a Manor.

“O processo de administração providenciou uma moratória para permitir tentativas de garantir uma solução viável a longo prazo para a equipe dentro de um prazo muito limitado, mas infelizmente nenhuma solução pode ser alcançada para permitir que a empresa continue na sua forma atual dentro de um prazo muito apertado. Gostaríamos de agradecer a todos pelo apoio e profissionalismo neste difícil processo. Vamos agora começar um processo formal de demissão para todos os funcionários na terça-feira, uma vez que eles tenham sido pagos durante o mês de janeiro”, continuou.

 “Como administradores conjuntos, nosso foco imediato será ajudar o pessoal que perderá seus empregos a fornecer o suporte necessário para apresentar os pedidos de pagamento do seguro-desemprego”, finalizou o responsável pela administradora da Manor, que fecha as portas melancolicamente.

Chega ao fim, assim, a história de uma equipe que sempre, desde o seu início, figurou entre as últimas posições do grid. Escolhido como um dos três novos times a ingressar no Mundial de F1 ao lado de Hispania e Lotus — que depois passou a se chamar Caterham,—, a Manor passou a ser administrada pela Virgin, empresa do excêntrico bilionário Richard Branson.

Mas o time, sob a direção do conglomerado de empresas, não teve vida longa. Depois de contar com Lucas Di Grassi em 2010 e Timo Glock e Jérôme D’Ambrosio em 2011, Branson deixou a F1 e foi investir seu dinheiro em outros segmentos. A Marussia, empresa fabricante de carros de luxo na Rússia, assumiu a administração da empresa a partir de 2012, mas teve poucos momentos para comemorar.

 Neste meio tempo, teve de lidar com o trágico acidente sofrido por María de Villota durante testes aerodinâmicos em uma base aérea na Inglaterra e, no GP do Japão de 2014, sofreu um duro golpe com o acidente sofrido por Jules Bianchi em Suzuka. Acidente que lhe tirou a vida nove meses depois. Foi Bianchi, aliás, quem deu uma das poucas alegrias à Marussia ao chegar em nono lugar no GP de Mônaco, garantindo os únicos pontos da escuderia.

 Mas no fim de 2014, após passar por processo semelhante à sua sucessora, a Marussia saiu de cena da F1. A equipe britânica passou a ser administrada de fato pela Manor, que em um primeiro ano ainda manteve a parceria com a Ferrari para o uso dos motores construídos em Maranello, mas em 2016, contando com o dinheiro do bilionário Stephen Fitzpatrick, fechou com a Mercedes para contar com a melhor unidade motriz da F1. Além de um reforço em termos técnicos, a nova Manor trouxe profissionais gabaritados, como Dave Ryan para chefiar o time e Nikolas Tombazis e Pat Fry para ajudar no desenvolvimento do novo carro

Neste tempo, Pascal Wehrlein, indicado pela Mercedes, foi o grande nome da equipe e ajudou a levar ao grande momento do ano, quando terminou em décimo lugar o GP da Áustria, garantindo o único ponto da equipe na temporada. A situação parecia boa com o décimo lugar no Mundial de Construtores, que garantia à equipe a premiação por parte da Formula One Management. Mas o nono lugar de Felipe Nasr no GP do Brasil colocou tudo a perder e ajudou a encurtar o fim da Manor como equipe na F1. Para piorar, Fitzpatrick decidiu tirar o time de campo e parou de investir seu dinheiro na equipe.

A Manor, dentre as novas equipes que ingressaram no Mundial em 2010, é a última a sair de cena e, como Hispania (HRT) e Caterham, teve um desfecho melancólico, sem deixar saudades aos fãs da F1.

 Curiosamente, o mesmo fim da Manor como equipe decretou o encerramento das esperanças de Felipe Nasr em fazer parte do grid na temporada 2017 da F1. O brasileiro, que não teve seu contrato com a Sauber renovado para esta temporada, agora terá de buscar outra alternativa para seguir sua carreira e tentar novamente fazer parte do Mundial em 2018.

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